Raquel Dodge declara apoio à Lava Jato

14 de agosto de 2019 às 0h03

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Crédito: REUTERS/Adriano Machado

Brasília – A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, abriu ontem a primeira sessão do semestre do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com um discurso enfático de apoio à Lava Jato, mas cobrou dos procuradores uma atuação dentro da legalidade.

Na sessão de ontem, a pedido de dois conselheiros do CNMP, um procedimento contra o procurador Deltan Dallagnol, levado ao órgão por causa das mensagens de Telegram publicadas pelo site The Intercept Brasil, foi desarquivado e tramitará no órgão.

O corregedor, Orlando Rochadel, havia arquivado monocraticamente (em decisão individual) a reclamação contra Deltan sob o argumento de que as mensagens não tinham sua autenticidade comprovada.

“A Procuradoria-Geral da República apoia a atuação institucional de todos os seus membros [da força-tarefa da Lava Jato], para o cumprimento da missão. Mas igualmente exige que o desempenho da atuação institucional se dê inteiramente dentro dos marcos da legalidade”, afirmou Raquel Dodge.

A procuradora-geral, cujo mandato termina no mês que vem, lembrou no discurso que, na última segunda-feira), comunicou a prorrogação por mais um ano da força-tarefa da Lava Jato que atua em Curitiba, dando a ela apoio financeiro e administrativo. “O combate à corrupção é dever constitucional”, disse.

“Ao declarar aberta a primeira sessão do semestre, conclamo a todos a que continuem a observar, com o zelo e a atenção que merecem, todos os casos e procedimentos submetidos à análise desta casa de aprimoramento das práticas ministeriais, da elevação ética do exercício das funções de membros dos Ministérios Públicos, do cumprimento dos deveres e do respeito ao dever de integridade, probidade e decoro”, discursou.

Raquel Dodge disse que o conselho retoma as atividades neste semestre “com os olhos da sociedade voltados” para ele.

“O Brasil quer e precisa de um Ministério Público com coragem para enfrentar a corrupção, este vício humano que corrói recursos públicos, é capaz de destruir projetos de vida e interferir na realização do direito à saúde, à moradia, à educação”, declarou.

“(A corrupção) é capaz de degradar o meio ambiente, impedir que terras indígenas sejam demarcadas e estimular destruição de bens, culturas e até da vida destes povos», completou.

Em relação às apurações sobre os ministros do STF, os procuradores afirmam que é dever deles encaminhar à Procuradoria-Geral da República informações sobre autoridades com direito a foro especial e que isso tem sido feito de forma legal. (Folhapress)

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