CITRICULTURA | Emater-MG e IMA mantêm ações para evitar o avanço de doença

30 de outubro de 2019 às 0h03

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Créditos: CHARLES SILVA DUARTE/Arquivo DC

Medidas preventivas são a melhor maneira para os citricultores protegerem seus pomares da doença Huanglongbing (HLB), mais conhecida como greening. Originária da Ásia, a praga não tem cura e, desde que foi identificada no Brasil, em 2004, gerou prejuízos de milhões aos produtores. Para combatê-la, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) – órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – têm desenvolvido ações e programas, com objetivo de alertar os produtores sobre os riscos.

Minas Gerais é o segundo maior produtor de citros do Brasil. São 55 mil hectares de área plantada e uma produção média de 1,1 milhão de toneladas por safra. E o greening, doença transmitida pelo inseto Diaphorina citri ou por enxertia, vem preocupando os citricultores. Nas plantas contaminadas, ocorrem deformação, maturação irregular, redução e queda das frutas.

“Estamos com um grande problema fitossanitário com o avanço do greening, doença extremamente agressiva, sem controle efetivo até o momento e já considerada endêmica no Estado”, diz o coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.

Segundo dados oficiais do IMA, desde 2005, já foram erradicadas no Estado 462 mil plantas sintomáticas com o greening. “Entre 2017 e 2018, estima-se que o prejuízo causado pela doença seja de cerca de R$ 42 milhões, considerando a perda da produção do ano”, afirma o engenheiro agrônomo da Gerência de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Leonardo do Carmo.

Municípios – Considerada uma das mais destrutivas pragas que podem acometer as plantações de citros em todo o mundo, o greening prejudica o desenvolvimento das plantas e provoca a consequente perda na produção de frutos.

A doença foi detectada oficialmente em 58 municípios mineiros. “Essa situação tende a se agravar com muita rapidez devido à severidade da doença, colocando em risco esse importante setor do agronegócio mineiro”, diz Sanábio.

A praga foi identificada em Belo Vale, na região Central mineira, em 2017. Levantamento feito pelo IMA, referente a 2018, aponta que 7.561 plantas do município foram erradicadas por causa do greening. Só no primeiro semestre de 2019, foram cerca de 4 mil plantas erradicadas na região.

Algumas ações estão sendo desenvolvidas no município para o combate à doença. Entre elas, mobilização e orientação dos produtores, capacitação de produtores e técnicos, distribuição de armadilhas adesivas e implantação do Programa Municipal de Diversificação da Fruticultura. (Com informações da Agência Minas)

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