Bolsa recua 1,34% após prisão de Michel Temer

22 de março de 2019 às 0h03

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Crédito: Paulo Whitaker/ Reuters

São Paulo – O principal índice da bolsa paulista fechou no vermelho ontem, após a prisão do ex-presidente Michel Temer aumentar preocupações de que episódio dificulte ainda mais o andamento da reforma da Previdência.
O Ibovespa encerrou com queda de 1,34%, a 96.729,08 pontos, após atingir 95.456,28 pontos na mínima. O giro financeiro da sessão somou R$ 17,9 bilhões.

Para o economista-chefe da Guide Investimentos, Victor Candido, o forte movimento do índice foi decorrente do noticiário doméstico.

“O mercado já vinha com viés negativo após a divulgação da proposta de alteração da Previdência dos militares. A notícia da prisão do Temer só piorou ainda mais as preocupações com o andamento da reforma”, afirmou.

Michel Temer foi preso na manhã de ontem pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato, por suspeita de desvios de recursos nas obras da usina nuclear Angra 3, sendo apontado pelos investigadores como líder de uma organização criminosa que praticou desvios e recebeu propina.

Na véspera, o governo entregou ao Congresso o projeto de reforma da Previdência dos militares, que prevê economia de R$ 10,45 bilhões em 10 anos, bem abaixo dos mais de R$ 90 bilhões inicialmente estimados pela equipe econômica.

O fato já fez o Ibovespa cair 1,55%, diante de avaliações de que eventuais privilégios a militares comprometa as articulações no Congresso para andamento da reforma.

O noticiário doméstico fez o Ibovespa ir na contramão de Wall Street, onde os principais índices subiram na esteira de um rali do setor de tecnologia.

Destaques –Petrobras PN teve queda de 1,42%, e Petrobras ON recuou 2%, após o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) decidir contra a empresa em processo sobre cobrança de Cide de cerca de R$ 2,2 bilhões referentes a remessas ao exterior.

Vale subiu 0,65%, após a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais afirmar na véspera que “está providenciando a devolução” à companhia do certificado de operação da mina de Brucutu.

Dólar – O dólar à vista fechou em alta de 0,90%, a R$ 3,8001 na venda. Na máxima do dia (R$ 3,8390), o dólar mostrou alta de 1,94%. Na B3, a referência do dólar futuro ganhava 0,78%, a R$ 3,8060. (Reuters)

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