Vendas de minério e pelotas devem cair ao menos 14,7%

12 de novembro de 2019 às 0h04

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Crédito: Adriano Machado/REUTERS

São Paulo – As vendas de minério de ferro e pelotas da Vale deverão cair ao menos 14,7% em 2019 na comparação com 2018, com a companhia sofrendo os impactos de paralisações decorrentes do rompimento mortal de uma barragem nas operações de Brumadinho, no início do ano, indicou a companhia ontem.

A Vale, tradicionalmente a maior produtora global de minério de ferro, informou que as vendas de minério de ferro e pelotas em 2019 deverão ficar entre 307 milhões e 312 milhões de toneladas, com o patamar mais alto do intervalo da estimativa ficando abaixo do projetado anteriormente.

Até o início do mês, a companhia projetava vendas de 307 milhões a 332 milhões de toneladas, esperando que se situassem entre o limite inferior e o centro da faixa.

A revisão no guidance, disse a companhia em fato relevante, deve-se à “maior visibilidade sobre as vendas previstas para o quarto trimestre”, que deverão ficar entre 83 milhões e 88 milhões de toneladas.

Isso significa que, na melhor das hipóteses, as vendas de minério de ferro e pelotas da Vale devem cair cerca de 9% ante o quatro trimestre de 2018.

A companhia não anunciou guidance de minério e pelotas separadamente, mas a maior parte do volume vendido é de minério.

A empresa disse ainda que, para o primeiro trimestre, a expectativa é de que a produção e vendas fiquem entre 70 milhões e 75 milhões de toneladas, “em função da sazonalidade, do retorno gradual e seguro das operações e em linha com a estratégia de margem sobre volume”.

Caso essa previsão se confirme, as vendas no primeiro trimestre de 2020 superariam as registradas no mesmo período de 2019, quando somaram 67,7 milhões de toneladas, considerando minério e pelotas.

A Vale ressaltou ainda no fato relevante que as projeções apresentadas envolvem fatores de mercado que escapam ao controle da companhia e, dessa forma, podem sofrer novas alterações.

No início do mês, a Vale anunciou que recebeu autorização para retomar operações na mina de Alegria, no complexo de Mariana.

Mas, mesmo com a desinterdição, a empresa ainda tem capacidade paralisada de aproximadamente 42 milhões de toneladas.

Isso porque, para realizar o trabalho de descaracterização de barragens a montante, do mesmo tipo que colapsou em Brumadinho, a Vale foi levada a parar algumas operações. No desastre, em janeiro, mais de 250 pessoas morreram.

Em teleconferência recente com investidores, a companhia reiterou que espera retomar essa capacidade paralisada ao longo de 2020 e 2021, o que poderia elevar a capacidade anual de produção total para níveis de 400 milhões de toneladas.

Cobre – No mesmo comunicado, a Vale informou que revisou suas projeções de produção de cobre em 2019 para 382 mil a 386 mil toneladas, principalmente em função de parada não programada de manutenção na correia transportadora e do moinho de bola da operação do Sossego.

A retomada da produção é esperada para meados de dezembro de 2019, mas isso não deve evitar uma redução no volume produzido pela companhia, de acordo com as projeções.

Em 2018, a produção de cobre da companhia somou 395,5 mil toneladas. (Reuters)

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