O Banco Central vendeu integralmente 8,2 mil swaps cambiais para a rolagem de contratos que vencem em julho/Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
São Paulo - Após recuar nas duas sessões anteriores, o dólar acabou terminando a sexta-feira com leve alta ante o real, numa sessão de volume reduzido devido à ponte entre o feriado de Corpus Christi e o final de semana, com os investidores de olho no cenário exterior e também no noticiário político doméstico.
O dólar avançou 0,20%, a R$ 3,2871 na venda, depois de oscilar ante a mínima de R$ 3,2784 e a máxima de R$ 3,2975. Na semana, a moeda acumulou leve baixa de 0,15 %. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,45 %.
“Ficamos na contramão do exterior, ainda com cautela com o político, pregão esvaziado e final de semana à frente”, resumiu um profissional da mesa de câmbio de uma corretora.
O mercado segue monitorando eventuais novas delações que possam comprometer o governo e trabalha na expectativa da esperada denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer, de olho nos impactos sobre o andamento das reformas no Congresso.
“A percepção de que a situação de Temer segue frágil e de que o ambiente político é ainda de completa incerteza tendem a limitar o apetite do investidor”, disse mais cedo o analista de câmbio da Correparti Corretora Guilherme Esquelbek.
O dólar trabalhou predominantemente em alta desde o início da sessão, mas chegou a registrar leves baixas principalmente após dados mais fracos sobre a economia norte-americana.
Mais cedo, foi divulgado que o início das construções de novas moradias caiu 5,5% em maio e, no final da manhã, que o índice de confiança do consumidor dos EUA ficou em 94,5 em junho, abaixo da previsão de 97,1.
Na quarta-feira, o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevou a taxa de juros do país pela segunda vez em três meses e, embora tenha sinalizado que pode repetir o movimento, os dados de atividade recentes têm mostrado fraqueza.
No exterior, o dólar recuava contra uma cesta de moedas e também ante algumas moedas de emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais - equivalente à venda futura de dólares - para rolagem dos contratos que vencem julho. Com isso, já rolou US$ 3,280 bilhões do total de US$ 6,939 bilhões que vence no mês que vem.
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No fechamento do horário regular de negociação, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2019 terminou com taxa de 9,105%, ante 9,165% do ajuste de quarta-feira e com 221.530 negócios. O vencimento de janeiro de 2019 projetou 9,09%, ante 9,20% (172.040 contratos). Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2021 terminou o dia em 10,10%, de 10,26% do ajuste anterior (147.715 contratos negociados).
Dois fatores foram apontados como cruciais para o fechamento das taxas. Um deles foi o anúncio da redução de preços dos combustíveis, cujo potencial desinflacionário é bastante significativo. Outro fator apontado pelos analistas foi a entrevista exclusiva do Broadcast (serviço de notícias fechado em tempo real do Grupo Estado) com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Ele afirmou que o caminho de desinflação e de redução da Selic está dado e que a discussão hoje é sobre o ritmo de cortes e sobre a extensão do ciclo de flexibilização. “O que eu quero passar é que isso vai depender do desenvolvimento, tanto das reformas e dos ajustes quanto da inflação e da atividade”, disse.
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