Como contrapartida, líder chinês espera que países diminuam restrições a produtos tecnológicos/Fred Dufour/Reuters
São Paulo - Em uma firme defesa do livre-comércio global, o presidente da China, Xi Jinping, afirmou ontem, em evento em Pequim, que as reformas econômicas do país têm tido sucesso e que o governo dele pretende ampliar as importações “necessárias à população”.
“Vamos ampliar, de forma significativa, o acesso externo ao mercado chinês este ano, à medida que estamos trabalhando persistentemente para implementar medidas de abertura o mais rápido o possível. Acreditamos que essa abertura vai nos levar a um maior progresso”, afirmou Xi, durante o Fórum Boao para a Ásia.
O presidente chinês se comprometeu ainda em implementar as medidas de abertura econômica no país, especialmente nos setores de capitais e automobilístico. Em troca, Xi espera que os países reduzam as restrições de comércio de produtos tecnológicos.
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EUA quer ‘ações gentis’ de chineses no comércioCaminhos opostos - O tom do discurso de Xi contrasta com a linha adotada por seu homólogo dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que cada vez mais tem tomado medidas protecionistas e atacado organismos multilaterais.
Sem mencionar as recentes barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos, Xi disse que acredita que “o diálogo é a melhor maneira para resolver disputas”. “A globalização pode ser mais aberta e inclusiva, com o fortalecimento dos sistemas de negociação multilateral”, ressaltou.
Ao reforçar a disposição em “contribuir com o mundo”, Xi afirmou que a China está assumindo as responsabilidades de um “país global”, sem ameaçar os outros ou prejudicar a ordem global existente.
“Nós já contribuímos para mitigar a crise financeira na Ásia e no mundo. Essa mentalidade de Guerra Fria de que estamos competindo por espaço está fora de lugar. O que acreditamos é que os Estados devem se abster de tentar ampliar sua dominância”, disse.
O evento conta com a presença, entre outros, da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e de empresários de diversos setores.
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