Bolsonaro aponta acordos como causa da prisão de Michel Temer

22 de março de 2019 às 0h01

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Créditos: José Dias/PR

Santiago – O presidente Jair Bolsonaro disse ontem, ao comentar a prisão do ex-presidente Michel Temer, que a Justiça nasceu para todos e que situações como essa são geradas pela realização de acordos alegadamente para garantir a governabilidade.

“A Justiça nasceu para todos e cada um responde pelos seus atos. O que levou a essa situação, pelo que parece, são os acordos políticos dizendo-se em nome da governabilidade”, disse o presidente ao chegar em Santiago, capital do Chile, onde participará de um encontro com outros presidente sul-americanos, além de uma visita oficial ao chefe de Estado chileno, Sebastián Piñera.

“A governabilidade, você não faz com esse tipo de acordo, no meu entender. Se faz indicando pessoas sérias e competentes para integrar o seu governo”, acrescentou.

Temer foi preso preventivamente nesta quinta no âmbito da operação Descontaminação, que apura irregularidades na Eletronuclear, e foi acusado por membros da força-tarefa da Lava Jato no Rio de ser o líder de uma organização criminosa que atua há décadas em vários órgãos públicos desviando recursos.

Bolsonaro ainda busca construir uma base parlamentar de apoio a seu governo, quase três meses após ter assumido a Presidência.

Chile – Após uma visita oficial de três dias aos Estados Unidos, a primeira de seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro embarcou ontem para o Chile, onde participa da Cúpula Presidencial de Integração Sul-Americana.

Além do líder brasileiro, participam do encontro os presidentes da Argentina, do Peru, da Colômbia, do Paraguai, Equador e Chile, segundo informou o Palácio do Planalto.

O destaque do encontro será o lançamento do Prosul, nova comunidade de países latino-americanos que deverá substituir a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).

O Prosul será formado por 12 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Costa Rica, Nicarágua, Panamá e República Dominicana.

Em entrevista, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que os países que atualmente integram a Unasul, incluindo o Brasil, deverão deixar o bloco de forma conjunta nas próximas semanas.

De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, a nova comunidade de países é um marco para a cooperação e integração regional e terá como princípios a defesa da democracia e dos direitos humanos.

“O propósito é criar um novo marco, o Prosul, para melhor coordenação, cooperação e integração regional, livre de ideologias, aberto a todos e 100% comprometido com a democracia e os direitos humanos, conforme indicou o presidente chileno Sebastian Piñera”, afirmou. (Reuters)

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