Leilão de amanhã deve ter forte redução de preços

27 de junho de 2019 às 0h02

São Paulo – Um leilão do governo federal para contratar novos projetos de geração de energia, amanhã, acontecerá sob expectativas de forte redução de preços, principalmente para usinas eólicas e solares, que poderão testar novas mínimas históricas, disseram especialistas à Reuters.

A licitação, conhecida como A-4, pretende viabilizar empreendimentos para operação a partir de 2023, mas a demanda deve ser baixa devido ao lento ritmo de retomada da economia brasileira, enquanto o número de projetos cadastrados para a disputa se mantém elevado.

Os vencedores da concorrência fecham a venda da produção futura às distribuidoras de energia locais, que atendem os consumidores finais, um prêmio cobiçado devido ao longo prazo e preço fixo com correção monetária dos contratos.

As apostas no mercado são de uma contratação de cerca de 1 gigawatt em capacidade, volume movimentado no A-4 do ano passado, contra 51 gigawatts em empreendimentos aptos a participar. No ano passado, eram 48,7 gigawatts.

“Deve haver uma grande competição, e os preços acho que devem ser mais baixos que no ano passado”, disse o consultor sênior de negócios da Safira Energia, Josué Ferreira.

Domínio solar – No leilão A-4 de 2018, usinas solares dominaram a licitação, com preços finais de venda da energia caindo a até cerca de R$ 117 /MWh, um recorde negativo para a tecnologia no País, enquanto as eólicas viabilizaram apenas um projeto, mas com tarifa também em mínima histórica para a fonte, a R$ 67/MWh.

“De fato, a tendência é de agora o preço ser menor, principalmente na solar. Na eólica, talvez fique em linha com o ano passado, talvez até abaixo”, acrescentou Ferreira.

Uma agressividade na disputa por preços também está no radar da consultoria especializada ePowerBay, principalmente na fonte solar, que tem visto custos decrescentes devido ao avanço da tecnologia.

“Solar deve ficar a preço ainda mais baixo que no ano passado. Já ouvi falar que algumas empresas teriam apetite para ir abaixo de R$ 100”, disse o diretor da empresa, André Felber.

Além de usinas fotovoltaicas e eólicas, o leilão também é aberto para pequenas hidrelétricas e térmicas a biomassa, mas essas duas últimas fontes têm custos maiores e devem ver uma contratação menor, marginal em relação ao total do certame, acrescentou Felber. (Reuters)

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