Após encostar nos R$ 4,20, dólar fecha estável

5 de setembro de 2018 às 0h01

São Paulo – O dólar fechou praticamente estável frente ao real ontem, em um movimento de correção após ter encostado no patamar de R$ 4,20 durante o pregão, com os investidores ainda cautelosos com o cenário externo e eleições presidenciais no País.

O dólar avançou 0,03%, a R$ 4,1531 na venda, atrás apenas do patamar recorde de fechamento de R$ 4,1655 batido em 21 de janeiro de 2016. Na mínima do dia, a moeda norte-americana foi a R$ 4,1384 e, na máxima, a R$ 4,1947. O dólar futuro rondava a estabilidade no fim do dia.

“O mercado aguarda os desdobramentos das negociações entre os Estados Unidos (EUA) e o Canadá, além da imposição de novas alíquotas já anunciadas pelo governo norte-americano aos produtos chineses. Com isso, o clima segue de cautela, o que tem atingido, além das bolsas europeias, as moedas dos países emergentes”, justificou o banco Bradesco em relatório.

As tensões comerciais vêm afetando os mercados globais e emergentes, com as preocupações aumentando novamente após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, no fim de semana, de que não havia necessidade de manter o Canadá no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).

Além disso, Trump estaria preparado para acelerar rapidamente a guerra comercial com a China e poderia estar pronto para impor mais tarifas às importações chinesas.
No exterior, o dólar tinha forte avanço ante uma cesta de moedas e sobre moedas de países emergentes, com destaque para o rand, depois que a África do Sul entrou em recessão no segundo trimestre, pela primeira vez desde 2009.

As atenções também continuaram voltadas para a Argentina, onde o governo anunciou novos impostos e cortes de gastos para tentar equilibrar o orçamento e antecipar recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Denúncia – A forte alta do dólar no início do dia, no entanto, foi perdendo força e chegou a ser revertida com a notícia de que o Ministério Público de São Paulo denunciou o candidato a vice-presidente do PT, Fernando Haddad, por corrupção. “Tudo o que atrapalhar o PT neste momento é bom para o mercado”, afirmou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 1,09 bilhão do total de US$ 9,801 bilhões que vence em outubro. (Reuters)

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