Acidentes de trabalho caem em Minas

20 de outubro de 2018 às 0h05

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A indústria da construção desenvolve diversas ações para prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais - Arquivo Abr

Para quem tem condição, o investimento pode ser alto, com ajuda da manufatura 4.0, simuladores e tecnologias avançadas. Quando o caixa não permite grandes aportes, uma saída é infalível: a conscientização por meio da informação. Minas Gerais tem conseguido reduzir os índices de acidente do trabalho por esses dois caminhos. De um lado, investimentos focados em projetos ligados à indústria 4.0 e, do outro, a execução de campanhas para levar conhecimento para as empresas e, principalmente, os trabalhadores. Apesar das diferenças de atuação, todas as ações têm um objetivo: prevenir acidentes e doença para garantir saúde e segurança ao trabalhador.

No Estado, a taxa de incidência de acidentes era de 16,41 a cada mil vínculos empregatícios em 2013. Já em 2016, esse número caiu para 13,20, de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho de 2017 da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda (SPrev). A onda segue com a mesma força no restante do País.

Os dados mais recentes da SPrev apontam queda de 12,21% entre 2007 e 2016, em todos os segmentos econômicos. O registro anual caiu de 659 mil para 578 mil. A indústria foi um importante vetor nesse bom desempenho. Em algumas atividades industriais como a indústria de transformação, a quantidade de acidentes caiu 40,9%. Na extrativista, a redução foi de 33,6%.

Segundo a presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Érika Morreale Diniz, o momento é de atenção para essa temática.

Érika Diniz explica que as empresas foram pegas por uma lógica de baixa de produção no contexto da crise econômica do país e aproveitaram para pensar no futuro, avaliando as condições de trabalho sob a ótica do que será implementado, de uma forma mais inteligente.

No caso das empresas de grande porte, um dos investimentos observados foi feito com a ajuda da indústria 4.0. “Existe um esforço muito grande, é uma bandeira adotada pelas empresas, pela própria federação, no sentido de investirem. Tem sido muito implementado, principalmente, nas grandes indústrias. Se antecipando nos riscos possíveis que são ventilados, com simuladores, diversas ferramentas, tudo baseado na questão da tecnologia, investindo em indústria 4.0’, explica.

No segmento da indústria da construção, de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), diversas ações em prol da prevenção de acidentes e doenças ocupacionais estão sendo desenvolvidas, como o uso da ferramenta do simulador de custo de acidentes, vídeos orientativos e programas de gestão em saúde e segurança no trabalho (SST) para administração de atividades nos canteiros de obras.

Minas Gerais tem um perfil industrial variado, entre micro, pequenas, médias e grandes indústrias. Emprega 1.047.479 trabalhadores no segmento, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Conscientização – Para atingir o interior do Estado, a Fiemg tem apostado em informação. Uma das campanhas têm foco no trabalhador, em mostrar como ele mesmo pode se cuidar. São orientações, regras básicas de segurança, como a atenção à ergonomia, que tem o objetivo de adaptar o trabalho ao homem e melhorar as condições de trabalho e as relações homem-máquina.

“Muitas campanhas de conscientização, isso o próprio sistema da Fiemg já trabalha, ativamente nesse procedimento, de levar informação a quem está mais distante. Temos pequenas empresas no interior do Estado que sofrem impacto de falta de informação, nesse aspecto da conscientização, de levar programas, numa lógica de conscientização também do trabalhador, como principal agente, numa ótica de que se evite a propagação desses riscos”, observa Érika Diniz.

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