Alguns setores apresentam reflexos da greve

1 de setembro de 2018 às 0h01

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Paralisação dos caminhoneiros, em maio, prejudicou mais alguns setores/REUTERS/Ueslei Marcelino

Rio de Janeiro – A greve de caminhoneiros afetou atividades como a indústria de transformação, os transportes e o comércio, mas foi um conjunto de fatores macroeconômicos que impediu um crescimento maior da economia no segundo trimestre, apontou a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Claudia Dionísio.

Segundo Claudia, a alta de apenas 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre do ano ante o primeiro trimestre significa que a economia ficou estável, manteve-se praticamente no mesmo patamar. Para Claudia, embora os dados de junho tenham compensado parte da perda causada pela crise de desabastecimento em maio, o saldo líquido no trimestre foi negativo.

Fatores conjunturais – “De fato, a greve impactou o PIB, porque os demais fatores conjunturais continuaram, só que, além disso, no trimestre, a gente teve a greve dos caminhoneiros, que, de certa forma, impactou várias atividades. Afetou consumo das famílias, afetou indústria. Mas não podemos deixar de olhar também para o mercado de trabalho, para a inflação, para a taxa de juros, para todos os demais. A desvalorização cambial também impacta investimentos, na medida em que boa parte dos produtos são importados”, enumerou a gerente do IBGE.

A pesquisadora lembrou que qualquer fator que afeta as decisões dos agentes e gera incerteza tem impacto sobre as atividades e a economia. “Mas a greve de caminhoneiros foi uma das principais influências sobre o PIB do segundo trimestre”, disse Claudia. (AE)

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