Amazon: pronta para avançar no Brasil

22 de janeiro de 2019 às 0h04

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Créditos: REUTERS/Pascal Rossignol

São Paulo – A gigante Amazon.com está pronta para avançar com as vendas diretas de mercadorias após atrasos desencadeados principalmente por uma estrutura logística insuficiente e pela complexidade do sistema tributário brasileiro, informaram ontem analistas do BTG Pactual em relatório.

“Conforme nosso canais de checagem, após um atraso de mais ou menos três meses, ela lançará sua plataforma de venda direta (1P) no Brasil para um amplo portfólio de itens hoje ou nesta semana”, escreveram Fabio Monteiro e Luiz Guanais.

Na avaliação deles, o foco maior da Amazon no segmento de venda direta significa que a empresa está pronta para fortalecer os investimentos, potencialmente via parcerias com operadores e transportadoras que atuam no regime conhecido como “última milha”, em que produtos comprados pela internet são entregues em poucas horas.

Ainda segundo a equipe do BTG, superados os problemas logísticos no Brasil, a companhia lançará sua mais bem-sucedida funcionalidade em todo o mundo, conhecida como Fulfillment by Amazon. “Mas esperamos que adote uma abordagem gradual, dada a concorrência de participantes como B2W e Magazine Luiza”, ponderaram.

Monteiro e Guanais alertaram que a notícia deve trazer volatilidade às ações de empresas de comércio eletrônico no Brasil no curto prazo.
“Desde 2016, no entanto, nós sinalizamos que o comércio eletrônico brasileiro estava propenso a um crescimento secular, com um mercado posicionado para pelo menos triplicar até 2025, atingindo R$ 200 bilhõess em Gross Merchandise Vale (GMV)”, afirmaram.

Eles observaram ainda que, apesar do sucesso da Amazon na Alemanha, no Reino Unido e nos Estados, seu forte crescimento na Índia e a posição de liderança no Japão, a expectativa é de que a empresa siga enfrentando concorrência acirrada no Brasil de participantes já bem estabelecidas no mercado, que investiram nos últimos em anos para construir um ecossistema completo que prioriza a experiência do usuário.

“Esse cenário deve impedir a Amazon de crescer rápido no Brasil. Em nosso estudo, ela compete por uma participação de mercado de duplo dígito baixo”, completaram. (Reuters)

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