Anglo está perto de concluir plano de prevenção

10 de outubro de 2018 às 0h01

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Crédito: Divulgação

Após os dois vazamentos no mineroduto do Sistema Minas-Rio, em março deste ano, a Anglo American está com as operações paralisadas para a inspeção nos 529 quilômetros do duto. Agora, está em andamento a troca preventiva de quatro quilômetros de tubos em Santo Antonio do Grama, na Zona da Mata mineira, onde aconteceram os vazamentos. A conclusão do plano de prevenção está prevista para o fim de outubro.

As causas do vazamento estão sendo investigadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a estimativa é de que os relatórios sejam entregues até novembro. Segundo o diretor de assuntos corporativos da Anglo American, Ivan Simões, a retomada das atividades do mineroduto está prevista ainda para este ano.

“Independentemente do resultado da inspeção, a troca dos tubos é uma ação preventiva. Com a conclusão dos relatórios sobre as causas do acidente e a garantia de que todas as inspeções e manutenções possíveis foram feitas, vamos submeter o pedido para voltar com as operações”, afirmou Simões.

O prejuízo total durante a paralisação, iniciada no final de março deste ano, foi estimado entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões, aproximadamente R$ 1,1 bilhão e R$ 1,5 bilhão.

Tomando como base a produção de 16,8 milhões de toneladas de minério de ferro no ano passado e a produção de 3 milhões de toneladas de janeiro a março, mais de 10 milhões de toneladas do insumo, aproximadamente, devem deixar de ser produzidas no período de paralisação, o que deve acarretar mais perdas financeiras.

Aproximadamente 800 funcionários tiveram a suspensão temporária do contrato de trabalho, recebendo recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), desde que cumpram uma carga horária de treinamentos oferecidos por entidades reconhecidas pelo governo federal.

Com a implantação do programa Lótus, a Anglo American complementa o valor subsidiado pelo governo até alcançar 100% do salário líquido do funcionário, além de disponibilizar atividades culturais, esportivas, treinamentos técnicos, apoio psicológico e de gerenciamento de finanças para manter os funcionários ocupados, motivados e próximos à empresa no período da paralisação.

“Nós buscamos, na medida do possível, deslocar funcionários para outras tarefas e outras unidades do grupo. O programa Lótus procura apoiar não só na questão financeira como também o conhecimento, a saúde e o bem-estar emocional das pessoas”, ressaltou Ivan Simões.

Córrego Santo Antônio – A limpeza do córrego Santo Antônio, contaminado pela polpa de minério que vazou do mineroduto, foi concluída em maio deste ano e, de acordo com o diretor de assuntos corporativos da Anglo American, a qualidade da água já foi atestada pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) como própria para captação.

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