ANM avalia providências a serem feitas

26 de janeiro de 2019 às 0h01

A Agência Nacional de Mineração (ANM) deslocou, mediante o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (RMBH), uma equipe técnica sediada em Belo Horizonte para o local. O objetivo, segundo a ANM, é verificar in loco a real situação dos fatos ocorridos e tomar as providências legais estabelecidas pela Lei nº 12.334, de 2010, Lei de Segurança de Barragens.

A ANM explicou que a barragem que se rompeu, designada de B1, é uma estrutura para contenção de rejeitos, de porte médio, que não apresentava pendências documentais e, em termos de segurança operacional, está classificada na categoria de Risco Baixo e de Dano Potencial Associado Alto (em função de perdas de vidas humanas e dos impactos econômicos sociais e ambientais).

A agência apresentou em março de 2018 a primeira Declaração de Condição de Estabilidade dessa barragem. Realizou sua revisão periódica de segurança em junho de 2018, tendo apresentado a respectiva Declaração de Condição de Estabilidade, como também, apresentou em setembro de 2018, a terceira Declaração de Condição de Estabilidade, expedida por auditoria independente.

Conforme informações declaradas pela empresa no Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração (SIGBM) da ANM, baseada em vistoria realizada em dezembro último, por um grupo de técnicos da empresa, estes não encontraram indícios de problemas relacionados à segurança desta estrutura.

A Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) também lamentou o acidente com o rompimento da barragem na Mina Feijão. “A entidade presta o seu apoio e solidariedade ao município associado à Amig e à comunidade impactada e vem reafirmar a importância da prática de uma mineração sustentável e responsável, que contemple programas e iniciativas previstos em lei para prevenir acidentes com graves impactos ambientais, humanos e sociais”, afirmou, em nota.

Apuração – A Amig cobrou ainda “que a atuação da Vale seja ágil e responsável na apuração das causas do acidente. A entidade reforça a necessidade de apoio às vítimas e a recomposição dos danos causados à comunidade, ao município e ao meio ambiente, além da punição dos responsáveis”, acrescentou no documento.

A Copasa informou, pouco tempo depois do acidente, que o abastecimento de água da RMBH não seria prejudicado com o rompimento da barragem.

No final do dia, porém, a companhia confirmou que suspendeu a captação da água do rio Paraopeba, em Brumadinho. O abastecimento da população atendida pelo Sistema Paraopeba está sendo realizado pelas represas do rio Manso, Serra Azul, Várzea das Flores e pela captação a fio d’água do rio das Velhas. (LF)

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail