Apesar de PIB negativo, bolsa tem alta

31 de maio de 2019 às 0h02

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Crédito: Paulo Whitaker/ Reuters

São Paulo – O principal índice da bolsa paulista encerrou em alta pela quarta sessão seguida ontem, sustentada um cenário de maior confiança de investidores sobre a melhora da economia, apesar do País ter registrado queda no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, a primeira desde 2016.

O Ibovespa avançou 0,92%, a 97.457,36 pontos, na maior pontuação de fechamento desde 20 de março, quando atingiu 98.041,37 pontos. O giro financeiro somou R$ 14 bilhões.

Com a sequência de altas, o Ibovespa passa a ter até a véspera uma valorização de 1,15%. Caso a trajetória se mantenha, o mês se diferenciará dos fechamentos em queda registrados nos últimos nove anos.

“Essa alta mostra que o investidor mantém a confiança de que haverá melhora na economia doméstica caso a reforma da Previdência seja aprovada”, afirmou o assessor de Investimentos da SVN Investimentos, Vladimir Pires Martins Filho.

Ele acrescentou que o discurso alinhado dos líderes do governo e do Congresso sobre a importância do andamento das pautas econômicas ajudou a reduzir o impacto da retração econômica do País divulgada ontem.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a economia teve retração de 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2018, a primeira queda trimestral desde o fim de 2016.

Em meio a protestos em várias cidades do País contra cortes na Educação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou que a queda do PIB não é novidade para o governo, e ressaltou que a realização das reformas econômicas é fundamental para a retomada do crescimento econômico.

No exterior, as principais bolsas nos Estados Unidos encerraram em alta, com investidores monitorando o andamento da retórica comercial entre Washington e Pequim.

Destaques – JBS valorizou-se 5,2%. A companhia anunciou na véspera investimento de US$ 95 milhões em expansão de fábrica no Nebraska (EUA) e afirmou que as melhorias na instalação vão permitir atender a demanda por produtos de carne bovina de maior qualidade no país.

Cemig subiu 2,1%, após a companhia reiterar na véspera compromisso em reduzir significativamente o peso de sua dívida nos próximos anos e promover um robusto programa de investimentos na unidade de distribuição de energia, a Cemig-D, que deverá realizar aportes de R$ 6,458 bilhões até 2023. A Cemig afirmou que tem uma meta de reduzir a alavancagem para 1,94 vez em 2020, contra 3,48 vezes em 2018.

Via Varejo ganhou 4,8%, em sessão em geral positiva para o setor de varejo, em meio a expectativas quanto a liberação do governo de contas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS). Itaú Unibanco PN avançou 1,04%, enquanto Bradesco PN subiu 1,84%.

Petrobras PN recuou 1,32% e Petrobras ON perdeu 0,17%, em linha com a queda nos preços do petróleo no exterior. O presidente da estatal, Roberto Castello Branco, afirmou que a empresa iria receber na sexta-feira R$ 34 bilhões não fosse a liminar concedida na semana passada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que suspendeu a venda do controle acionário da Transportadora Associadas de Gás (TAG) pela estatal. Esse negócio foi fechado no mês passado junto a um grupo liderado pela francesa Engie Engie.PA, que levou a TAG com uma oferta de US$ 8,6 bilhões. (Reuters)

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