Ata mostra apoio unânime de membros para alta de juros
18 de outubro de 2018 às 0h05
Washington – Todos os membros votantes do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos (EUA), apoiaram o aumento da taxa de juros no mês passado, em um encontro onde eles também concordaram, de maneira geral, que os custos de empréstimos devem subir mais, de acordo com a ata da reunião divulgada ontem.
Foi a terceira alta deste ano, e a demonstração de unanimidade no encontro de 25 e 26 de setembro pode impulsionar as expectativas de que o comitê de definição dos juros do banco central vai aumentar os juros novamente em dezembro.
“Todos os participantes expressaram a visão de que seria apropriado para o comitê continuar sua abordagem gradual de firmar a política monetária elevando o intervalo da meta para a taxa de juros”, de acordo com a ata.
Comparada à ata do encontro anterior do Federal Reserve, realizado em agosto, o documento de setembro parece mostrar menos discussão sobre as perspectivas de que uma recessão poderia estar a caminho. Em vez disso, alguns dos membros do Fed aparentemente viram alguma indicação de maior força da economia dos Estados Unidos.
Leia também:
Com déficit elevado, Trump pede corte de gastos
Economia forte – “Quase todos os participantes viram poucas mudanças em suas avaliações sobre as perspectivas da economia, embora alguns deles tenham julgado que dados recentes indicam que o ritmo da atividade econômica estava mais forte do que o esperado mais cedo no ano”, de acordo com a ata.
Os membros votantes do Fed notaram que a relativa fraqueza da economia internacional poderia criar “potencial para fortalecimento adicional do dólar” norte-americano, um fator que poderia pesar sobre exportações dos EUA.
A economia dos Estados Unidos tem crescido neste ano em ritmo mais rápido do que muitos economistas julgam possível sem gerar inflação mais alta, com a taxa de desemprego ao nível mais baixo em décadas.
O Fed vem subindo os juros desde o ano de 2015 e, depois do aumento no último mês, parou de descrever a postura da política monetária como “expansionista”, significando que a instituição deixou de pensar que o nível das taxas de juros está estimulando a economia.
A ata mostrou que “quase todos” os membros votantes concordaram que é hora de parar de dizer que eles estavam estimulando a economia. (Reuters)