Atividade industrial: chega a 69% o uso da capacidade instalada no País

25 de setembro de 2018 às 0h01

Brasília – A atividade industrial de agosto chegou a 69% da utilização da capacidade instalada, 1 ponto percentual a mais que em julho, o que indica um movimento de queda na ociosidade na indústria, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). É o maior valor para o mês registrado desde 2015. As informações são da pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela CNI.

A pesquisa indica ainda crescimento da produção industrial em agosto. O índice de evolução da produção ficou em 54,1 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, mostrando aumento da produção. O índice das grandes empresas alcançou 55,4 pontos, acima do total da indústria. O indicador de produção varia de zero a 100 pontos. Quando está acima de 50 pontos, mostra aumento da produção.

Apesar da queda na ociosidade, a recuperação da indústria segue em marcha lenta, com percentual ainda abaixo da média do mês para o período entre 2011 e 2014. De acordo com a CNI, esse aumento na atividade é comum nesse período de final de ano, mas ele foi menos forte que em outros anos.

O emprego no setor continua caindo, embora a queda tenha sido mais suave do que no mês anterior. O índice de evolução do número de empregados aumentou de 48,5 para 49,1 pontos em agosto, ficando abaixo da linha de 50 pontos, que separa a queda do aumento do emprego. A pesquisa aponta, entretanto, uma expectativa de estabilidade para o emprego nos próximos seis meses.

A Sondagem Industrial também mostrou um acúmulo indesejado nos estoques, que ficaram acima do planejado em agosto. É o segundo mês de aumento consecutivo do estoque indesejado em um período de atividade que deveria ser normalmente um pouco mais forte. O índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado ficou em 51,2 pontos, acumulando 0,8 ponto de crescimento nos últimos dois meses.

A pesquisa também mostra que houve uma redução do otimismo em relação à demanda, às vendas ao exterior e à compra de matérias-primas. De acordo com a CNI, isso está relacionado com a frustração da demanda, que pode ser percebida pelo acúmulo indesejado nos estoques, e com o aumento da incerteza.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre 3 e 13 de setembro com 2.240 empresas. Dessas, 921 são pequenas, 812 são médias e 507 são de grande porte. (ABr)

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