BB tem R$ 11,1 bilhões para safra em MG

27 de junho de 2019 às 0h18

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Crédito: ANPr

O Banco do Brasil (BB) disponibilizará, por meio do Plano Safra 2019/20, R$ 11,1 bilhões para o crédito rural em Minas Gerais. O valor está 16,8% maior do que os R$ 9,5 bilhões desembolsados na temporada 2018/19 para os produtores rurais do Estado.

A expectativa é de que a demanda pelos recursos seja impulsionada, uma vez que através do crédito é possível investir em tecnologias para tornar a produção mais eficiente, na estocagem da safra e no custeio da produção. Os dados foram divulgados ontem, em Belo Horizonte, pelo Banco do Brasil.

A estimativa de uma recuperação mais vigorosa da economia ao longo do segundo semestre, principalmente, caso a reforma da Previdência seja aprovada, também irá estimular a demanda pelo crédito. Os recursos poderão ser acessados a partir de 1º de julho.

De acordo com os dados do Banco do Brasil, dos R$ 11,1 bilhões a serem desembolsados para Minas Gerais, a estimativa é de que para as linhas de custeio, comercialização e industrialização sejam demandados R$ 8,7 bilhões e para investimentos R$ 2,4 bilhões.

Para o agronegócio do País, o Banco do Brasil irá disponibilizar R$ 103 bilhões do crédito rural, valor que está cerca de 20% maior que o liberado na safra anterior. Desse total, Minas Gerais receberá 10,7%.

O superintendente de Varejo Minas Gerais da instituição financeira, Ronaldo Alves de Oliveira, está otimista e acredita que os produtores rurais irão buscar maior volume de recursos ao longo da safra 2019/20.

Reformas – “O cenário macroeconômico, tanto nacional como internacional, é melhor para o segundo semestre. Por isso, acreditamos que a demanda pelos créditos será ampliada em Minas Gerais. O acesso aos recursos é importante para apoiar o maior uso de tecnologia, ter maior produtividade, mais qualidade, mais renda e mais geração de emprego. O mercado, como um todo, está alinhado à expectativa de aprovação das reformas (Previdência e tributária). Isso irá impulsionar o agronegócio, porque a atividade vai até às prateleiras, o setor movimenta toda a economia. Por isso, acreditamos que haverá crescimento da demanda”, afirma Oliveira.

Oliveira explicou ainda que Minas Gerais tem uma importante participação nos desembolsos do crédito rural feitos pela entidade. Hoje, a carteira de crédito do agronegócio estadual soma R$ 21,1 bilhões. Desse montante, R$ 8,5 bilhões estão aplicados nas linhas de custeio, comercialização e industrialização. Na linha de investimentos, o valor soma R$ 12,6 bilhões. O market share do Banco do Brasil nos desembolsos para o agronegócio de Minas Gerais é de 79%.

A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Soares Valentini, ressaltou a importância do crédito rural disponibilizado para Minas Gerais através do Banco do Brasil e destacou a necessidade do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que este ano terá recursos de R$ 1 bilhão para o Brasil, ante R$ 440 milhões liberados na safra anterior.

“O crédito rural é fundamental para que o produtor consiga investir em maquinário, na correção do solo e para acessar novas tecnologias, como as sementes, por exemplo, que fazem diferença na produtividade. Sem financiamento, não seria possível fazer isso, pelo custo elevado. Ficamos felizes também em relação ao novo valor para o seguro rural, porque é muito triste perder a lavoura. Muitos economistas dizem que não pode ter subsídio para nada, mas a agricultura é diferente. As lavouras estão sujeitas às intempéries climáticas e você não tem controle. Com o seguro, o produtor vai receber e se manter na atividade”, explicou Ana Maria.

Para o vice-presidente de finanças da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Breno Mesquita, a grande preocupação é a situação econômica do País, o que poderia comprometer o volume de recursos voltados para o setor.

“O agronegócio é o setor que mais cresce e mais responde aos investimentos, por isso, o governo se esforçou e atendeu nossa demanda. Nós, que somos representantes dos produtores rurais, precisamos apoiar o Plano Safra, que vem para melhorar a renda e a performance do agronegócio de Minas. Acho que o setor foi valorizado na confecção do plano. Torcemos, mais que tudo, para que o mais rápido possível esse recurso chegue nas mãos dos produtores, o que é a grande dificuldade”, disse Mesquita.

Acordo de cooperação – Durante o evento e com o objetivo de impulsionar a demanda pelo crédito rural, foi assinado um acordo de cooperação mútua entre o Banco do Brasil e a Seapa. A intenção é acelerar e priorizar o acesso ao crédito rural para produtores envolvidos nos projetos desenvolvidos pela secretaria de agricultura e empresas vinculadas.

“O acordo abrange os programas já desenvolvidos, implantados e acompanhados pela Seapa através da Emater-MG. O termo é para fazermos uma divulgação mais ampla e permitir que os produtores que são abrangidos pelos projetos – que têm orientação e assistência técnica da Emater – tenham prioridade na condução e liberação dos recursos financeiros do crédito rural”, explicou o superintendente de Varejo Minas Gerais do Banco do Brasil.

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