BH e Cataguases concorrem a prêmios da Unesco

20 de julho de 2019 às 0h04

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Crédito: Gustavo Baxter Alicate/Divulgação

Laboratório de ideias e de práticas inovadoras em prol do desenvolvimento sustentável. Esse é o objetivo da Rede de Cidades Criativas, da Unesco, que tem quatro cidades brasileiras candidatas a títulos para este ano. Dentre elas estão Belo Horizonte, que concorre na categoria Gastronomia, e Cataguases (Zona da Mata) em Cinema. Além disso, Fortaleza (CE) no segmento Design e Aracaju (SE) na música concorrem aos títulos. O resultado sai até o fim de outubro.

Por meio de políticas públicas, boas práticas e projetos de base que promovam a participação de todos – incluindo mulheres, jovens e grupos vulneráveis, a rede coopera de forma decisiva para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas. Atualmente, a rede, criada em 2004, conta com 180 cidades em 72 países. Oito delas são no Brasil: Belém (PA), Florianópolis (SC) e Paraty (RJ), no campo da Gastronomia; Brasília (DF) e Curitiba (PR), no do Design; João Pessoa (PB), em Artesanato e Artes folclóricas; Salvador (BA), na Música; e Santos (SP), no Cinema.

Para a coordenadora de Meio Ambiente, Cultura e Economia Criativa do Ministério do Turismo, Nicole Facuri, o aproveitamento dos setores da economia criativa como ativos para agregar valor e desenvolver novos produtos e destinos turísticos são de grande importância para a diversificação da oferta turística nacional, sobretudo no Brasil, que tem a criatividade como diferencial.

“O turismo criativo ou turismo de experiência representa uma tendência de consumo em todo o mundo. O MTur tem apoiado ações que promovam e incentivem o consumo de produtos turísticos estruturados a partir do capital cultural, intelectual e na criatividade, como audiovisual, design, gastronomia, conteúdos literários, artes visuais, entre outros”, ressalta Nicole.

Com uma arte culinária singular e que remete a uma tradição de décadas, Belo Horizonte vem se consolidando cada vez mais como um ativo imprescindível para o turismo gastronômico no País. Hoje, a gastronomia responde por quase 40% dos empregos na economia criativa de Belo Horizonte, com mais de 21 mil pessoas formalmente empregadas. Segundo a Abrasel-MG, o setor movimenta R$ 4,5 bilhões de por ano, considerando as suas 45.662 empresas do setor de alimentos, das quais 18.699 são bares e restaurantes, distribuídos em mais de dez polos gastronômicos.

Aprovada por 96% dos turistas estrangeiros que visitam o Estado, a gastronomia de Minas Gerais só perde para a hospitalidade do brasileiro, segundo estudo do perfil do visitante estrangeiro feito anualmente pelo Ministério do Turismo. O modo artesanal de fazer queijo de Minas nas regiões do Serro e das Serras da Canastra e do Salitre é patrimônio imaterial do Brasil (Iphan) e já atrai turistas de diversas partes do país para as fazendas do interior do Estado.

Além disso, a Rota do Queijo Terroir Vertentes levou o segundo lugar na 1ª edição do Prêmio Nacional do Turismo, em dezembro de 2018. O projeto promove o desenvolvimento econômico e da gastronomia mineira nos 23 municípios que integram o Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes e Terroir Vertentes, gerando mais trabalho e renda para a região.

Cinema – Já no quesito Cinema, a cidade mineira Cataguases é quem encabeça a candidatura do Brasil à rede da Unesco. Com um polo audiovisual em ascensão desde 2002, a região se destaca no cenário cultural nacional, sendo reconhecida como um modelo produtivo arranjo regional e como um grande centro de produção cinematográfica no País. A criação de uma escola-estúdio para qualificação profissional de alto nível em design audiovisual e transmídia, com foco no setor de animação, é um dos projetos a serem desenvolvidos, após o título da cidade na Rede de Cidades Criativas. O principal evento na cidade é o Festival Ver e Fazer Filmes que já teve a participação de jovens estudantes de Portugal, Moçambique, Cabo Verde e Angola.

Ao se candidatar ao título de Rede de Cidade Criativa da Música, Aracaju pretende estabelecer uma poderosa indústria criativa com investimentos nacionais e internacionais, uma vida cultural participativa incluindo os mais vulneráveis e um desenvolvimento urbano onde a música é um fator estratégico de desenvolvimento sustentável.

Aspirante ao título de Design, a capital do Ceará é considerada a 4ª capital do País em número de estabelecimentos do segmento, depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Além disso, Fortaleza ocupa hoje a terceira posição entre as capitais brasileiras em número de empregos formais no setor de design, com uma taxa de 273,9 projetistas por milhão de habitantes, 80% superior à média brasileira. Tudo teve início com o ciclo da plantação de algodão no Ceará, a partir do século XVIII, quando o processo de industrialização de Fortaleza se consolidou com a criação de um parque industrial têxtil e uma área de produção de moda. (Com informações do Ministério do Turismo)

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