BNDES financiará restauro de prédios barrocos em Mariana
13 de setembro de 2018 às 0h05
Rio de Janeiro – As obras de restauração da Igreja de São Francisco de Assis e da Casa do Conde de Assumar, localizadas em Mariana, na região Central de Minas, devem começar em outubro, com recursos não reembolsáveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com a instituição, será destinado um total de R$ 14,2 milhões.
As construções do período colonial brasileiro encontram-se fechadas atualmente e sob risco de ruir. As duas edificações vão integrar o Museu da Cidade de Mariana e a restauração deve ser concluída em 2021.
A Igreja de São Francisco de Assis foi construída em 1794. A fachada e alguns elementos ornamentais, entre os quais o púlpito, o retábulo-mor, o lavabo e o teto da capela-mor são de autoria de Aleijadinho, com pinturas artísticas de Manuel da Costa Ataíde. A igreja barroca era um dos monumentos mais visitados de Mariana até sua interdição em 2013, diante do risco de arruinamento, informou o BNDES.
Já a Casa do Conde de Assumar foi construída, provavelmente em 1715, para ser a moradia do conde, então governador da Capitania de Minas Gerais e São Paulo. A construção foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938.
Ações educativas – O banco prevê também a realização de ações educativas sobre a importância do patrimônio histórico, por meio de visitas monitoradas ao canteiro de obras. O projeto prevê, após a conclusão do restauro, que a gestão das edificações seja compartilhada, ficando a casa do Conde de Assumar, sede do museu, de responsabilidade da Prefeitura de Mariana, enquanto a Igreja de São Francisco de Assis ficará sob a responsabilidade da arquidiocese da cidade. As duas entidades deverão destinar recursos para a manutenção das construções pelo período de 20 anos, a contar da assinatura do contrato com o banco.
De acordo com o BNDES, o projeto ajudará a mitigar os impactos decorrentes do desastre ambiental ocorrido em Mariana em 2015, com o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, contribuindo para fortalecer a vocação turística e cultural da cidade, bem como outras atividades econômicas. (ABr)