Bolsonaro: capitalização deve ficar de fora

6 de abril de 2019 às 0h06

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira que o governo espera que a reforma da Previdência seja aprovada como foi enviada pelo Executivo, mas que “com toda certeza” a proposta será modificada pelo Congresso Nacional e a capitalização pode ficar fora neste primeiro momento.

“Nós queremos aprovar o que está aí. Se a capitalização os parlamentares entenderem que está complicado, difícil de explicar agora eles podem decidir deixar para outra oportunidade”, disse o presidente em uma rápida entrevista depois de um evento no Palácio do Planalto. A gente gostaria que a proposta que chegou lá fosse aprovada na íntegra, mas, com toda certeza, vai ser aperfeiçoada por parte do Parlamento”.

Mais cedo, em um café da manhã com alguns jornalistas convidados, Bolsonaro disse esperar que a reforma fosse “desidratada” no Congresso e que a capitalização pudesse ficar para um segundo momento. Na conversa, destacou que o mais importante é a idade mínima e o tempo de contribuição.

Mais tarde, em uma segunda entrevista, esclareceu: “Nós não queremos é complicar o andamento da reforma que esta aí, eu não quero desidratar nada, mas não é essencial isso no momento. A ideia é regulamentar na PEC e lá na frente… seria via Parlamento também.”

O presidente reiterou, ainda, que permanece sendo possível aprovar a reforma previdenciária no Congresso até julho.

“Se não aprovar agora, daqui a dois três anos vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa no serviço público, vamos nos transformar na Grécia, essa é a realidade.

Bolsonaro também comentou sobre a postura da oposição durante a audiência do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Disse que não o surpreendeu porque “a oposição é assim”.

“Aquilo não é oposição, né? Aquilo lá é um pelotão de fuzilamento. Este pessoal não quer o bem do Brasil, quer o pior. Eles têm tudo agora para apresentar uma proposta alternativa se a nossa não for boa”, criticou.

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Articulação – O presidente reconheceu, durante café da manhã com jornalistas, problemas na articulação política do governo e atribuiu isso à falta de vivência política de seus ministros.

Na quinta, ao receber presidentes de partidos, Bolsonaro ouviu reclamações sobre o fato de os ministros não receberem parlamentares e não atenderem demandas e disse aos líderes partidários que isso seria mudado.

Aos jornalistas, Bolsonaro disse que muitas vezes as demandas são coisas simples, mas que seria natural os ministros não darem o retorno que ele pessoalmente daria porque não têm vivência política.

Horário de verão – Durante café, o presidente informou que o horário de verão, marcado ainda para o primeiro final de semana de novembro, deve ser terminado. Bolsonaro disse aos jornalistas que está “quase certo” que a mudança de horário será encerrada este ano.

Criado por decreto, pode ser terminado por uma determinação do presidente. O governo faz um estudo para comprovar as informações que a alteração não trouxe economia significativa de energia nos últimos anos. (Reuters)

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