Brasil perde seis universidades entre as mil melhores do mundo

27 de setembro de 2018 às 0h04

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Em ranking de publicação britânica, a USP segue como a primeira do País, mas com perdas de pontuação em pesquisa - USP/Divulgação

São Paulo – O Brasil tem seis universidades a menos classificadas entre as mil melhores do mundo, segundo o ranking divulgado anualmente pela publicação britânica “Times Higher Education” (THE), uma das principais em avaliação do ensino superior. É o segundo ano consecutivo que o País perde espaço na lista. Na edição deste ano, são 15 brasileiras ante 21 no ano passado e 27 em 2016.

O diretor editorial da publicação, Phil Baty, diz que a saída de instituição entre as mil melhores alerta para um “quadro sombrio” no Brasil, com os cortes no financiamento. “Você simplesmente não pode alimentar instituições de pesquisa de nível mundial com cortes de financiamento, e os sérios problemas econômicos enfrentados pelo Brasil não são um bom presságio para o futuro. O declínio de financiamento e os declínios no ranking podem alimentar um círculo vicioso, com os talentos saindo do País. O Brasil precisa encontrar uma maneira de obter recursos vitais em suas universidades, públicas ou privadas, para revitalizar o sistema e conter o declínio”, disse.

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A Universidade de São Paulo (USP) segue como a primeira do País, em um grupo que está entre as 251 e 300 melhores universidades. Após a posição nº 200, o ranking deixa de considerar as instituições de forma unitária e passa a considerá-las por grupos. No ano passado, a universidade também estava neste grupo, embora a pontuação tenha tido ligeira melhora em itens como ambiente de ensino, impacto das citações e perspectiva internacional. O que pesou para a universidade foi a queda da pontuação de pesquisa, segundo informa a equipe da THE, em nota.

A Universidade de Campinas (Unicamp) é a segunda instituição brasileira melhor avaliada, como no ano passado. Apesar da ligeira melhora na pontuação geral, a instituição também teve queda na avaliação em pesquisa.

Apesar de ter menos universidades entre as mil melhores, a presença do Brasil no ranking foi maior neste ano (com 36, ante 32 no ano passado) já que a edição classificou 1,1 mil instituições. Para isso, foram ranqueadas 1.250 universidades de 36 países.

A avaliação do THE utiliza informações como número de citações em pesquisa, nível de internacionalização, grau de titulação dos professores e transferência de conhecimento para a sociedade – além de outros aspectos. (AE)

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