Cade autoriza compra de ativos de transmissão da Âmbar pela Taesa

1 de fevereiro de 2019 às 0h01

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a operação de compra pela Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), que tem 21,7% de seu capital social nas mãos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), de ativos de transmissão de energia da Âmbar, controlada pela holding J&F, dona da processadora de carne JBS.

A operação envolve 100% das ações da São Pedro Transmissora de Energia e da São João Transmissora de Energia, bem como 51% das ações da Triângulo Mineiro Transmissora e da Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia. O valor da transação gira em torno de R$ 942,5 milhões.

A Taesa confirmou a aprovação da operação pelo Cade, ontem, em comunicado ao mercado, mas destacou que a transação ainda depende de algumas condições das partes envolvidas. A compra desses ativos de transmissão é parte de uma política agressiva de aquisição de ativos implantada pela companhia desde o início deste ano.

Em 16 de janeiro, a Taesa comunicou que comprou a participação da Eletrobras em três empresas de transmissão de energia: 49,7% da Brasnorte Transmissora de Energia (Brasnorte); 27,4% da Empresa Brasileira de Transmissão do Alto Uruguai (Etau); e 49% da Companhia de Transmissão Centroeste de Minas (Centroeste).

Leilão – Nesse caso, a Taesa foi vencedora nos três certames, oferecendo o valor mínimo no leilão nº 01/2018 da Eletrobras, o primeiro deste ano. O valor da transação envolvendo as três empresas chega a R$ 161 milhões. No caso da Brasnorte, a Taesa já detinha uma participação de 38,6% e comprou, por R$ 77,9 milhões, mais 49,7% que pertenciam à Eletrobras.

Agora, com 88,3% de fatia na companhia, o sócio da Taesa no empreendimento é a Bipar Energia, que pertence a um grupo do Mato Grosso.

A Brasnorte foi constituída com o propósito específico de construção, implantação, operação e manutenção do serviço público de transmissão de energia elétrica da rede básica do Sistema Elétrico Interligado relativo às linhas de transmissão que chegam a 402 quilômetros de extensão no Mato Grosso. O contrato de concessão dessas linhas com a Aneel foi celebrado em 2008, com prazo de 30 anos e em operação desde setembro de 2011.

Já a Etau foi criada especificamente para explorar a concessão de transmissão de energia elétrica relacionada à linha de transmissão de Campos Novos – Barra Grande – Lagoa Vermelha – Santa Marta. A linha percorre quase 190 quilômetros de Santa Catarina até o Rio Grande do Sul. Nesse caso, a Taesa já tinha 52,6% de participação e comprou mais 27,4%, por R$ 39,8 milhões, da Eletrobras.

Em uma operação conjunta com sua controladora Cemig, a Taesa também adquiriu no leilão da Eletrobras 49% da Centroeste por R$ 43,1 milhões. A transmissora atua na construção, implementação, operação e manutenção das instalações de transmissão de energia elétrica sob o contrato de concessão no Brasil. A empresa foi fundada em 2004 e está sediada na Capital. A Centroeste também é uma subsidiária da Cemig.

A Taesa atua no mercado de transmissão de energia elétrica e está presente nos estados do Pará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Tocantins, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

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