China libera 14 empresas do País de tarifas antidumping

16 de fevereiro de 2019 às 0h05

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Brasil é o maior fornecedor estrangeiro do produto para os chineses, que abriram em 2018 mercado para Rússia e Tailândia - Crédito: Ueslei Marcelino/Reuters

Pequim – A China isentará 14 empresas brasileiras, incluindo a BRF e a JBS, das tarifas antidumping sobre as importações de produtos de frango, desde que as vendas sejam feitas acima de um preço mínimo não divulgado.
As isenções seguem-se a meses de negociações entre produtores brasileiros de carne de frango e a China, enquanto o Brasil buscava resolver uma questão antidumping lançada em agosto de 2017.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e o maior fornecedor estrangeiro para a China.

Uma determinação preliminar em junho do ano passado colocou impostos entre 18,8% e 38,4% sobre todas as importações chinesas de frangos de corte brasileiros.

Sob uma decisão final emitida pelo Ministério do Comércio na sexta-feira (15), Pequim manterá tarifas entre 17,8% e 32,4% a partir de 17 de fevereiro por cinco anos.

No entanto, uma lista de empresas será excluída das tarifas como parte de um “compromisso de preço” acordado entre os dois lados e divulgado pela Reuters no mês passado. O acordo estabeleceu preços mínimos para as vendas para a China, mas esses não foram publicados na sexta-feira.

A decisão veio depois que os preços chineses da carne de frango atingiram níveis recordes de 11,2 iuanes (US$ 1,65) por kg no final do ano passado, devido ao aumento da oferta doméstica.

A China baniu as importações de aves reprodutoras de muitos fornecedores importantes por causa de surtos de gripe aviária, prejudicando a produção doméstica. O país é o segundo maior produtor e consumidor de frango do mundo.

A demanda por carne de frango também parece ter aumentado após os surtos de peste suína africana.

Apesar dos resultados preliminares da investigação antidumping, as exportações brasileiras de frango para a China devem apresentar alta de cerca de 10% em 2018 em relação ao ano anterior.

Mercado em disputa – Mas a concorrência está aumentando, com a China, no ano passado, abrindo seu mercado para as importações da Rússia e suspendendo uma proibição de anos sobre a Tailândia.

“Se o mercado cair e houver uma concorrência mais forte, alguns produtos de baixo preço não entrarão no mercado”, disse uma fonte do setor familiarizada com os preços acordados.

A fonte recusou-se a ser identificada devido à sensibilidade do assunto.
O Brasil exporta principalmente pés, pernas e asas de frango para a China, produtos que estão com demanda em alta e escassos no mercado interno. (Reuters)

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