Clínica compartilhada reduz custos para os médicos

19 de setembro de 2018 às 0h05

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Empreendimento na região Centro-Sul de Belo Horizonte recebeu investimentos de aproximadamente R$ 450 mil/Divulgação

O surgimento dos espaços compartilhados e economia colaborativa tem se mostrado uma tendência. Em Belo Horizonte, a novidade é a aplicação desta modalidade no atendimento médico. No último mês, foi inaugurada a Life Max, clínica compartilhada que conta com dez consultórios, que podem ser locados pelos profissionais para atendimento por turnos, gerando uma economia de até 60% se comparado aos gastos em um consultório individual.

O empresário e cônsul do Chile em BH, Alexandre Penido, explica: “Se o médico fosse comprar um imóvel para montar o seu consultório, além do dinheiro parado, ele iria ter que arcar com todas as demais despesas, e se fosse alugar também, além deste gasto, teria os custos de manutenção, limpeza, condomínio etc. Alugando um turno para atendimento, ele vai simplesmente poder focar no que de fato ele estudou para fazer. Praticar a medicina e não a gerência do consultório”.

O investimento para a montagem do andar foi em torno de R$ 450 mil. Como o empresário já estava construindo o prédio, na rua Gonçalves Dias, no bairro Funcionários, este valor não está considerado no montante citado. Foi durante a obra que ele percebeu que estava em um ponto estratégico para dar início ao negócio, especialmente pela proximidade com o hospital Lifecenter.

“Hoje, vemos muitos médicos que têm dois serviços, às vezes trabalham no hospital e dão plantão em outros locais, e eles acabam querendo um consultório para atender seus pacientes. Mas ao mesmo tempo, este consultório fica ocioso boa parte do dia, encarecendo muito os valores considerando as horas de fato trabalhadas ali. Neste modelo de compartilhamento de consultório médico isso se torna mais vantajoso, uma vez que o profissional aluga o turno que deseja trabalhar, os dias da semana que tem interesse de acordo com a sua disponibilidade e paga o equivalente a este uso”, salienta Penido.

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Infraestrutura – O espaço conta com a parte administrativa e manutenção já prontas e inclusas no aluguel. Há recepcionistas e secretárias para receber os pacientes, marcas consultas e direcionar ligações, além de ar-condicionado, TV, computador, impressora, macas ou cadeiras ginecológicas nas salas.

Também há a possibilidade de se alugar o espaço por mês e, neste caso, o profissional tem acesso exclusivo ao respectivo consultório, ficando com a chave do mesmo. De todo modo, mesmo nas locações por turnos de trabalho, o aluguel é pago mensalmente em valor correspondente ao uso. Os pagamentos das consultas podem ser feitas da forma como o profissional preferir, inclusive por meio de convênios médicos ou particular.

Diretamente contratados do espaço são seis funcionários. A ideia é, à medida que os consultórios forem sendo ocupados, replicar a clínica compartilhada também em outros andares do prédio. A receita do negócio advém das locações. Considerando que cada profissional vai alugar a cota mínima de um turno de quatro horas apenas uma vez por semana, já serão 150 profissionais utilizando a estrutura por mês.

As expectativas quanto ao empreendimento são as melhores. Mesmo antes da inauguração, cinco profissionais já haviam locado consultórios na modalidade mensal.

São três turnos disponíveis para locação, cada um deles com quatro horas de duração, sendo divididos entre manhã (8h às 12h), tarde (13h às 17h) e noite (17h às 21h).

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