Com déficit elevado, Trump pede corte de gastos

18 de outubro de 2018 às 0h01

Washington – O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, confrontado com o maior déficit do orçamento em seis anos, disse a seu gabinete, ontem, para apresentar propostas para cortar os gastos de suas agências em 5%. “Eu gostaria que vocês todos voltassem com um corte de 5%”, afirmou Trump aos secretários de seu gabinete em um encontro acompanhado por repórteres.

“Se vocês fizerem mais do que isso, nós vamos ficar muito felizes. Há algumas pessoas sentadas na mesa. Eles podem realmente fazer algo substancialmente maior”, disse ele. “Livrem-se da gordura, livrem-se do desperdício”.

A administração está começando a compilar planos para a proposta de Orçamento do presidente para o ano fiscal 2020, que Trump vai apresentar ao Congresso no início do próximo ano.

Quando era candidato nas eleições de 2016, Trump prometeu cortar gastos do governo, e muitos companheiros republicanos que disputam as eleições parlamentares de novembro pegaram esse tema como parte de suas campanhas.

Mas o governo dos Estados Unidos encerrou o ano fiscal de 2018 com um déficit de US$ 779 bilhões, disse o Departamento do Tesouro, na segunda-feira (15), à medida que cortes de impostos liderados pelos republicados reduziram as receitas.

Em uma entrevista à Reuters, o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, disse que seu partido iria verificar os gastos em programas domésticos no próximo ano em um esforço para controlar o déficit.

“Nós negociamos com os democratas e gastamos mais no lado doméstico do que eu preferiria”, explicou McConnell, sobre o Orçamento atual.

Indagado se o Pentágono precisaria cumprir a meta de 5%, Trump sugeriu que os militares seriam poupados.

“Nós sabemos que o novo Orçamento é para o Departamento de Defesa. Provavelmente vai ser de US$ 700 bilhões “, disse Trump. “É defesa. É muito importante”.

Em agosto, Trump sancionou uma lei de política de defesa de US$ 716 bilhões. Uma redução para US$ 700 bilhões representaria um corte menor que 3%.

Economistas esperavam que os cortes de impostos para pessoas físicas e empresas, que se transformaram em lei no ano passado, aumentassem o déficit federal.

O déficit também se ampliou, no ano passado, por causa de pagamentos dos juros da dívida nacional. O financiamento aumentou, parcialmente, para compensar um crescimento relativamente lento na arrecadação de impostos. Gastos dos militares também saltaram.

Muitos republicanos, incluindo Trump, culparam outros gastos do governo e programas sociais pelo aumento do déficit. (Reuters)

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