Com varejo e serviços, economia cresce 0,47%

18 de outubro de 2018 às 0h04

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Índice de Atividade Econômica do Banco Central aponta que, em agosto, o setor de serviços registrou aumento de 1,2% - Foro: Eugênio Sávio/Divulgação

São Paulo – Os setores de varejo e serviços sustentaram a economia brasileira em agosto e ajudaram a atividade a crescer acima do esperado no período. Porém, a retomada segue em ritmo lento em meio à instabilidade provocada pelas incertezas com as eleições presidenciais.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado ontem, registrou alta de 0,47% em agosto na comparação com julho, segundo dado dessazonalizado divulgado ontem.

O desempenho ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,25 % e marca o terceiro mês seguido de avanço.

“Esse resultado e outros indicadores de atividade divulgados anteriormente sugerem um crescimento do PIB do terceiro trimestre superior ao esperado anteriormente. Assim, revisamos a nossa estimativa para o PIB do período, de 0,3% na margem para 0,5%”, disse o Bradesco em nota.

Entretanto, o IBC-Br de agosto também destaca a morosidade da economia, uma vez que o índice desacelerou após avanços de 3,45% em junho – resultado provocado pela retomada após forte queda no mês anterior devido à greve dos caminhoneiros – e de 0,65% em julho.
“Apesar da moderada recuperação da atividade em julho e agosto, nesse estágio do ciclo a dinâmica ainda é fraca e a economia opera com alto grau de ociosidade em termos de utilização dos recursos”, apontou em relatório o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs, Alberto Ramos.

Na comparação com agosto de 2017, o IBC-Br registrou crescimento de 2,50% e no acumulado em 12 meses teve alta de 1,50%, segundo o BC.

Em agosto, tanto as vendas varejistas quanto o volume de serviços aumentaram acima do esperado e tiveram os melhores resultados para o mês em vários anos, com altas de 1,3% e 1,2%, respectivamente, de acordo com dados do IBGE.

Os números, entretanto, não indicam uma aceleração desses setores, em meio a um ambiente no País marcado por fortes incertezas com as eleições presidenciais e o desemprego elevado, o que vem prejudicando tanto o consumo quanto o ímpeto de investimento dos empresários.

Esses fatores, inclusive, pressionaram a produção industrial a uma contração inesperada de 0,3% em agosto na comparação com o mês anterior.

Recentemente o BC piorou sua projeção de crescimento da economia brasileira para 1,4% neste ano, e previu aceleração para 2,4% no ano que vem.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento preveem uma elevação de 1,6% do PIB neste ano e de 2,5% no ano que vem. Enquanto isso, a projeção mais recente de economistas ouvidos pela pesquisa Focus, feita semanalmente pelo BC, é de que o PIB crescerá 1,34% em 2018 e 2,5% em 2019. (Reuters)

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