Confiança dos empresários da construção volta a crescer

19 de junho de 2019 às 0h17

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Percepção dos empresários é que atividade deva ficar estável nos próximos seis meses - Crédito: Arquivo ABr

O nível de atividade da indústria da construção civil atingiu 45,7 pontos em abril contra 40,7 pontos em março, representando avanço de cinco pontos, segundo o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) e devolvendo parte da queda acumulada nos dois meses anteriores. Em relação ao mesmo mês de 2018 também houve incremento, neste caso de 2,7 pontos, já que naquela época o nível de atividade foi de 43 pontos. As informações foram divulgadas ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).

De acordo com o economista e coordenador sindical do Sinduscon-MG, Daniel Furletti, com o resultado, o indicador de atividade em relação ao usual aumentou 3 pontos em abril (33,9 pontos) frente a março (30,9 pontos), mas continuou apontando nível de atividade inferior ao habitual para o mês. Na comparação com abril de 2018 (27,1 pontos), o índice cresceu 6,8 pontos, e foi o mais elevado para o mês em cinco anos.

Já a evolução do número de empregos avançou 1,5 ponto frente a março (41,9 pontos) e marcou 43,4 pontos em abril. O resultado – também inferior aos 50 pontos – aponta retração do emprego, ainda que menos intensa em relação a março. O índice foi praticamente igual ao observado em abril de 2018 (43,3 pontos).

“De maneira geral, o que vemos é ainda um comportamento tímido da atividade e indicadores aquém do necessário. No quarto mês de 2019 houve avanço dos números avaliados, mas os mesmos ainda continuam abaixo dos 50 pontos”, analisou.

Diante dos números, a Sondagem também indicou que na percepção dos empresários da construção o nível de atividade deverá ficar praticamente estável nos próximos seis meses, conforme índice de 50,1 pontos em maio. O indicador caiu 5,1 pontos em relação a abril (55,2 pontos) e 1,4 ponto frente ao mesmo mês de 2018 (51,5 pontos).

Neste sentido, vale ressaltar que o índice permaneceu acima dos 50 pontos pela sétima vez consecutiva, após ficar abaixo desse patamar por cinco meses.

“Os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução da atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos meses. Neste mês indicaram que, apesar do desempenho ainda abaixo da expectativa e do ideal, existe um otimismo por parte da categoria”, disse.

Assim, os construtores esperam avanço das compras de insumos e matérias-primas, com 50,8 pontos. Já no que se refere a novos empreendimentos e serviços, o indicador ficou em 49,7 pontos, voltando a apontar perspectiva de queda. E o indicador de evolução do número de empregados marcou 51,2 pontos, também mostrando retração. Apesar do recuo mensal, este último índice revelou, pelo sexto mês consecutivo, perspectiva de aumento do emprego, ao ficar acima dos 50 pontos.

Confiança – Da mesma maneira, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) marcou 52 pontos em maio, 2,1 pontos a mais do que o verificado em abril (49,9 pontos). O resultado voltou a apontar empresários confiantes, com indicador acima dos 50 pontos.

Vale ressaltar, entretanto, que o índice chegou a atingir 62,9 pontos em fevereiro, o maior valor desde agosto de 2011, mas sofreu duas quedas consecutivas em seguida.

O indicador foi 6 pontos superior ao de maio de 2018 e o mais elevado para o mês em sete anos. Já o Iceicon nacional caiu 0,6 ponto em maio (55,8 pontos) frente a abril (56,4 pontos).

Para Furletti, os números refletem o cenário conjuntural brasileiro que ainda exprime cautela. Segundo ele, embora os números estejam melhores, ainda é preciso consolidar algumas medidas e decisões em prol do desenvolvimento do setor e do Brasil.

“Me refiro, por exemplo, à reforma da Previdência, que permitirá uma recomposição futura da situação fiscal do País, atraindo mais e novos investimentos. Como a construção civil é responsável por 50% do que se investe no Brasil, as perspectivas para o setor são as melhores possíveis a partir do andamento e aprovação do projeto”, concluiu.

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