Consumo global deve superar 100 mi de barris por dia, pressionando preços

14 de setembro de 2018 às 0h04

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Londres – O consumo global de petróleo deve superar 100 milhões de barris por dia (bpd) nos próximos três meses, colocando pressão altista sobre os preços, embora crises em mercados emergentes e disputas comerciais possam ameaçar essa demanda, informou ontem a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

O órgão com sede em Paris manteve sua projeção de forte crescimento na demanda global por petróleo neste ano, em 1,4 milhão de bpd, e também não alterou sua previsão para 2019, de outra alta de 1,5 milhão de bpd.

“As coisas estão se apertando”, disse a agência que assessora governos do Ocidente em política energética em seu relatório mensal. “O intervalo de preços para o Brent de entre US$ 70 e US$ 80 o barril, visto desde abril, pode ser testado”, adicionou a IEA.

Mas a agência ressaltou que a demanda em alta também precisa ser verificada.

“Conforme avançamos para 2019, um possível risco para nossa projeção está em algumas economias emergentes, parcialmente devido a depreciações cambiais contra o dólar dos EUA que elevam o custo de importações de energia. Além disso, há um risco ao crescimento devido à escalada das disputadas comerciais”, disse a IEA.

A demanda de países que não pertencem à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), liderada por China e Índia, deve subir em 1,1 milhão de bpd, para 51,6 milhões de bpd neste ano, e em 1,2 milhão de bpd em 2019, para 52,8 milhões de bpd, segundo a agência.

“Nós estamos entrando em um período muito crucial para o mercado de petróleo. A situação na Venezuela pode se deteriorar ainda mais rápido, conflitos podem voltar na Líbia e os 53 dias até 4 de novembro vão revelar mais decisões tomadas por países e empresas em respeito às compras de petróleo do Irã”, adicionou a IEA, em referência ao dia em que as sanções dos EUA ao Irã passam a vigorar.

“Ainda é preciso ver se outros produtores decidirão aumentar sua produção”, apontou. (Reuters)

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