Desemprego na RMBH fica acima da média do Estado

27 de fevereiro de 2019 às 0h15

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A desocupação das mulheres na RMBH ficou em 11,8% e a dos homens, em 8,5%, aponta a FJP - CRÉDITO: DIVULGAÇÃO

A lenta retomada do desempenho da indústria e do setor de serviços após a crise econômica prejudicou os empregos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) com mais intensidade do que nas demais regiões do Estado. A taxa de desemprego no último trimestre do ano passado na Grande BH chegou a 12,6%, ficando em patamares superiores aos índices estadual e nacional, que foram de 9,7% e 11,6%, respectivamente.

O levantamento é da Fundação João Pinheiro (FJP) com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o relatório, no caso da RMBH houve recuo de 0,9 ponto percentual na taxa de desemprego tanto em relação ao quarto trimestre de 2017 quanto na comparação com o trimestre anterior. Em ambos os períodos o índice havia sido de 13,5%.

Já no caso de Minas Gerais os 9,7% apontaram queda de 0,9 ponto percentual frente ao mesmo trimestre de 2017 (10,6%) e estabilidade sobre o trimestre anterior (9,7%). E no Brasil, os 11,6% significaram recuo de 0,2 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2017 (11,8%) e 0,3 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre de 2018 (11,9%).

Para o pesquisador da Fundação e professor do Ibmec, Glauber Silveira, os números refletem o comportamento dos setores em cada região, indicando a retomada, ainda que lenta da economia, após o longo período de recessão. Segundo ele, os desempenhos foram puxados pelo aumento do número de admitidos em todo o País.

“A economia vem melhorando e já resulta em saldos positivos de emprego. A variação da intensidade da geração de vagas ocorre em função das atividades predominantes em cada região. Na Grande BH, por exemplo, temos uma grande concentração de empregos na indústria e no setor de serviços. Já no restante do Estado, há uma contribuição das atividades relacionadas à agricultura. Assim como no País”, citou.

Diante dos resultados, Silveira acredita que o desempenho do mercado de trabalho deverá se manter em ascensão também neste exercício. O vigor, porém, segundo ele, vai depender da manutenção do cenário econômico e da confirmação de uma série de medidas por parte do governo.

“É difícil projetar números, porque vai depender de aprovação das reformas e de possíveis mudanças no mercado de trabalho. Mas, no geral, a expectativa é positiva. E as pessoas devem continuar procurando trabalho, porque vai ser um ano de boas oportunidades”, aconselhou.

Detalhamento – A FJP detalhou que a taxa de desocupação para as mulheres foi de 11,8%, enquanto que para os homens, de 8,5%. E que a maior taxa de desocupação (21,6%) foi registrada para a população jovem – de 18 a 24 anos. “Neste caso, pesou a experiência”, comentou o pesquisador.
Além disso, apesar de as mulheres serem maioria da população em idade de trabalhar (51,7%), entre as pessoas ocupadas verificou-se a predominância de homens (55,4%).

Por fim, o levantamento identificou que a população total de Minas Gerais foi estimada em 21,3 milhões; a população em idade de trabalhar correspondeu a 17,6 milhões; a população na força de trabalho chegou a 11,2 milhões. E, deste contingente, o percentual de ocupados foi de 90,3%.

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