Diálogos DC discute a retomada do desenvolvimento do País

30 de agosto de 2018 às 0h05

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Parolini destaca a abertura do escritório do OBS em Minas

Ontem, no P7 Criativo, na região Centro-Sul, a reunião do Conselho Diretor do Movimento Minas 2032 (MM 2032) e a edição de agosto da série Diálogos DC “Qualidade da Democracia” realinharam as estratégias e ações no sentido de ajudar o País a retomar o desenvolvimento e Minas Gerais ao protagonismo nesse caminho de evolução econômica e social.

Temas como combate à corrupção, a formação de lideranças conscientes e a internalização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pelos governos e empresas estiveram no centro das discussões que resultaram em quatro premissas a serem enviadas para o Conselho Executivo: “Como o MM 2032 e seus integrantes vão atuar no combate à corrupção e qual o posicionamento de Minas Gerais quanto ao tema?”; “Como atuar sobre a formação das lideranças?”; “Qual a dimensão que o Estado deve ter e quais as reformas necessárias?” e “Internalização das ODS pelo Estado”.

O MM 2032 é uma iniciativa do DIÁRIO DO COMÉRCIO, que tem como referência os ODS, instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015.

Logo na abertura da reunião, o diretor-presidente do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Luiz Carlos Motta Costa, fez uma retrospectiva sobre os fatos que levaram à criação do MM 2032 e instigou os participantes a refletirem sobre quais ações práticas são possíveis para que esses objetivos sejam alcançados.

“A riqueza dos debates realizados em torno do Prêmio José Costa, lançado em 2006, nos levaram a olhar para o futuro, tendo como referência o centenário de fundação do jornal, em 1932. Mas o Brasil mudou radicalmente. Em 2011, num clima de confiança e otimismo, imaginava-se que o PIB brasileiro alcançaria o da França em 2014 e o da Alemanha na década seguinte. Hoje o futuro parece adiado mais uma vez. Não houve o ajuste fiscal nem a reforma política. Recentes pesquisas indicam que em outubro não haverá a esperada renovação do Congresso Nacional. Diante disso, precisamos pensar como, afinal, reencontrar o caminho da construção de um país mais próspero e restabelecer o protagonismo de Minas Gerais. Como deter a involução que é contundente e visível”, provocou Costa.

Luiz Caros Costa e Flávio Roscoe debateram o protagonismo de Minas Gerais

Para o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas), Emílio César Ribeiro Parolini, o tema do combate à corrupção é determinante na busca pelos resultados almejados pelo MM 2032. Na semana passada, a Federaminas participou do 2º Congresso Pacto pelo Brasil, realizado em Curitiba (PR). O Pacto pelo Brasil visa, com ações integradas e coordenadas de todos os segmentos da sociedade, a construção de uma agenda positiva nacional que direcione ações para erradicação da corrupção no País.

“Na Federaminas buscamos ações práticas. Vamos trazer um escritório do Observatório Social do Brasil para Minas Gerais. Será o primeiro estado a ter um escritório. Já temos oito observatórios funcionando e a demanda de outras 85 cidades”, pontuou Parolini.

O Observatório Social do Brasil (OSB) é uma instituição não governamental, sem fins lucrativos, disseminadora de uma metodologia padronizada para a criação e atuação de uma rede de observatórios sociais (OS). O OSB promove a capacitação e oferece suporte técnico aos OS, além de estabelecer as parcerias estaduais e nacionais para o melhor desempenho das ações locais. Os observatórios sociais já estão em 134 cidades de 16 estados.

“Também apoiamos o movimento ‘Unidos contra a corrupção’. Fizemos uma ação simples, com divulgação da campanha nos saquinhos de pão aqui em Belo Horizonte que deu muito resultado. Para termos um Brasil melhor em 2032 temos que agir agora. Precisamos eleger quem preencha três requisitos: ser ficha limpa, ter compromisso com a democracia e apoiar as novas medidas contra a corrupção”, destacou o presidente da Federaminas.

Tamanho do Estado – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, no mesmo sentido, chamou a atenção para como o tamanho do estado brasileiro impede um combate à corrupção mais efetivo. “As medidas propostas têm caráter punitivo, mas qual o benefício disso para o ambiente de negócios? A corrupção no Brasil está dentro do estado. Precisamos alargar o conceito de corrupção e deixar os corporativismos de lado, questionando, inclusive, as nossas posturas”, analisou Roscoe.

União de esforços para criação de agenda positiva

A reunião do Conselho Diretor do Movimento Minas 2032 e Diálogos DC realizados ontem, no P7 Criativo (região Centro-Sul), destacou o papel da liderança na busca por uma sociedade mais equilibrada e capaz de se desenvolver econômica e socialmente.

O analista institucional do Sistema Ocemg, Geraldo Magela da Silva, ressaltou a importância da união de esforços para a criação da agenda propositiva e também reativa. “A Ocemg está trabalhando na formação da liderança. A inexistência de líderes qualificados é um problema para toda a sociedade. Do ponto de vista objetivo trabalhamos na formação permanente e contamos com a Fundação Dom Cabral (FDC), para isso”, explicou Silva.

O Sistema Ocemg é formado pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG).

Além da capacitação do seu corpo de líderes, o Sistema se propõe a compartilhar os conhecimentos adquiridos. “Estamos fazendo lições permanentes nos centros de liderança avançados para conhecer o que se faz de melhor nos países mais desenvolvidos na perspectiva do desenvolvimento sustentável. Podemos e devemos compartilhar mais entre as entidades esses conhecimentos, somando as capacidades para colocá-las à disposição de todos”, avaliou o analista do Sistema Ocemg.

Geraldo Magela da Silva afirma que a Ocemg está trabalhando na formação de lideranças

Para o especialista em Comunicação Corporativa e Relações Institucionais da ArcelorMittal, Adriano Macedo, o tema da responsabilidade institucional perpassa questões como o combate à corrupção e a formação de lideranças.

“Falamos aqui sobre como as instituições em geral e a democracia tem perdido valor. Ao mesmo tempo, porém, instituições e lideranças se percebem como parte de uma cadeia relacional muito mais ampla. Eu vejo aqui uma evolução do Movimento, que é um organismo vivo. Instituições e empresas estão gastando energia para resolver os problemas da sociedade. Não tem como não passar pelo papel do estado, até porque não existem lideranças lá também. Temos muitos movimentos acontecendo no Brasil, todo mundo buscando uma causa, uma proposta de engajamento da sociedade civil.

Aqui está o cerne da corresponsabilidade institucional”, completou Macedo.

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