Disputas comerciais e tensões entre potências deixam executivos mais pessimistas

22 de janeiro de 2019 às 0h04

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Crédito: Reuters/Arnd Wiegmann

Davos- Executivos de todo o mundo ficaram muito mais pessimistas em relação às perspectivas econômicas globais devido a disputas comerciais e às tensas relações entre grandes potências, mostrou uma pesquisa na véspera do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

A pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PwC) com cerca de 1.400 CEOs apontou que 29% acreditam que o crescimento econômico global cairá nos próximos 12 meses, seis vezes o nível do ano passado e o maior percentual desde 2012.

A mudança mais acentuada ocorreu entre os líderes empresariais nos Estados Unidos, onde o otimismo caiu de 63% há um ano para 37% em meio a uma desaceleração econômica e uma guerra comercial com a China.

Mas a parcela de CEOs que acredita que a taxa de crescimento cairá aumentou significativamente em todas as regiões, e isso se traduziu em uma queda nas expectativas dos líderes empresariais de que suas empresas conseguirão aumentar as receitas a curto e médio prazo.

“É uma grande reversão em relação ao ano passado e o clima mais sombrio está presente em praticamente todo o mundo”, disse Bob Moritz, presidente global da multinacional de auditoria e contabilidade PwC.

“Com o aumento da tensão comercial e do protecionismo, é lógico que a confiança esteja diminuindo.”

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou ontem suas previsões de crescimento econômico mundial para 2019 e 2020, devido à fragilidade na Europa e em alguns mercados emergentes, e disse que o fracasso em resolver as disputas comerciais poderia desestabilizar ainda mais a desaceleração da economia global.

Em sua segunda revisão para baixo em três meses, o Fundo também citou uma desaceleração maior do que a esperada na economia chinesa e um possível Brexit sem acordo como riscos para suas perspectivas, dizendo que isso poderia piorar a turbulência nos mercados financeiros.

A paralisação do governo dos Estados Unidos, que fez com que o presidente norte-americano, Donald Trump, não comparecesse ao encontro da elite política e empresarial global em Davos, também está contribuindo para a sensação de mal-estar em relação à economia dos EUA. (Reuters)

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