Dívida pública federal recua 0,14% em julho

28 de agosto de 2018 às 0h05

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Brasília – O estoque da dívida pública federal (DPF) caiu 0,14% em julho, quando atingiu R$ 3,748 trilhões. Os dados foram divulgados ontem pelo Tesouro Nacional. Em junho, o estoque estava em R$ 3,754 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 27,50 bilhões em julho. As emissões de papéis totalizaram R$ 58,831 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 91,343 bilhões, o que resultou em um resgate líquido de R$ 32,511 bilhões. A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu levemente 0,01% e fechou o mês passado em R$ 3,607 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 3,75% menor, somando R$ 141,28 bilhões.

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 20,24% em junho, para 19,90% em julho, segundo o Tesouro Nacional. O prazo médio da dívida subiu de 4,14 anos em junho, para 4,17 anos no mês passado. O custo médio acumulado em 12 meses da DPF passou de 10,31% ao ano em junho, para 10,40% ao ano em julho.

A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 34,29% em junho, para 32,82% em julho. Os papéis atrelados à Selic, por outro lado, aumentaram a fatia, de 32,34% para 33,64%.

Os títulos remunerados pela inflação subiram para 29,60% do estoque da DPF em julho, ante 29,28% em junho. Os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 4,09% em junho, para 3,94% no mês passado.

Todos os papéis estão dentro das metas do Plano Anual de Financiamento (PAF) para este ano. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2018 é de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic devem ficar entre 31% a 35%.

No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também é de 27% a 31% e no de câmbio, de 3% a 7%.

Estrangeiros – Os estrangeiros aumentaram a participação na dívida pública brasileira em julho. A fatia dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da DPMFi subiu de 11,93% em junho, para 12,57% no mês passado, somando R$ 453,36 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. Em junho, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 430,52 bilhões.

O grupo fundos de investimentos foi o maior detentor de papéis do Tesouro, com a participação passando de 26,53% em junho, para 26,30% no mês passado.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve queda de 22,58% em junho, para 22,48% em julho. O grupo previdência reduziu a fatia de 24,97% para 24,58%. Já as seguradoras tiveram crescimento na participação de 3,88% para 3,90%.

Títulos públicos – O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública Federal, Luís Felipe Vital, disse que as operações com títulos públicos no mês de julho voltaram à normalidade depois de intensa volatilidade registrada em maio e junho, que levou o órgão a lançar um programa de leilões de recompra extraordinários e a suspender vendas programadas. “O mês de julho marca a volta de leilões tradicionais, em situação de normalidade”, afirmou.

Na primeira semana de julho, o Tesouro Nacional fez o último leilão extraordinário, com recompra líquida de R$ 2,9 bilhões, quando anunciou que suspenderia a estratégia. No mês passado, houve resgate líquido de R$ 32,51 bilhões, o que, de acordo com Vital, era esperado devido ao forte vencimento de papéis no mês.

Com a redução da volatilidade em julho, a entrada líquida de recursos de investidores estrangeiros na Dívida Pública Federal Interna foi de R$ 22,8 bilhões, o maior valor desde janeiro de 2015. “O mês de julho foi marcado por menor instabilidade no mercado, enquanto as taxas prefixadas continuaram elevadas. Os estrangeiros aproveitaram a oportunidade”, acredita o coordenador.

Ao mesmo tempo, enquanto o custo médio acumulado nos últimos 12 meses subiu em julho, resultado, principalmente, do aumento do IPCA decorrente da greve dos caminhoneiros, o custo médio das emissões do Tesouro Nacional está em 8,2%, o menor valor da série histórica, caindo pelo 22º mês consecutivo. (AE)

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