Energias sutis em processo terapêutico

25 de abril de 2019 às 0h01

CESAR VANUCCI *

“Nunca mais a bursite amolou a patroa. Quem explica?”
(Jornalista e escritor Mário Salvador, concluindo narrativa sobre a aplicação de energias sutis em tratamento de saúde)

Recentemente, neste acolhedor espaço, andei comentando a eficácia constatada, num sem número de situações palpáveis, da conjugação dos conhecimentos científicos consolidados, absorvidos pela chamada medicina tradicional, com as propostas advindas da assim chamada medicina alternativa.

As considerações alinhadas reavivaram na memória velha de guerra história bastante sugestiva envolvendo a figura saudosa de um religioso extraordinário. Cuido abaixo de citá-la.

A grande maioria das pessoas, católicas ou não, que seguiu por dezenas de anos o trabalho de Alexandre Gonçalves Amaral, à frente primeiro da Diocese de Uberaba e, mais adiante, da Província Eclesiástica de Uberaba (composta também das Dioceses de Patos, Uberlândia e Ituiutaba), não teve, provavelmente, oportunidade de conhecer de perto sua surpreendente e singular capacidade para lidar com as chamadas energias sutis. Os razoáveis conhecimentos que detenho sobre a matéria impelem-me a admitir que, se o tivessem visto atuando, estudiosos conceituados da Parapsicologia se sentiriam fortemente tentados a classificá-lo como prodigioso paranormal. Confesso, também, em lisa verdade, não saber precisar se tal classificação sairia ao seu agrado. Alexandre possuía um modo todo próprio, extraído de arraigada crença religiosa, para conceituar os fenômenos produzidos. Localizava-os estritamente nos domínios da ciência pura. Tinha sempre prontas explicações para situações desconcertantes que, aos olhares atônitos dos que as testemunhassem, pudessem soar como mágicas.

O escritor e jornalista Mario Salvador, ex-presidente da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, registrou curiosas intervenções processadas por Alexandre no círculo de familiares seus. A esposa de Salvador estava atacada de bursite. “Injeções, aplicações e mil coisas não vinham dando resultado”. Alexandre ofereceu-se para resolver o caso. “Marcamos o dia e lá fomos para a primeira sessão. Com todo cuidado e atenção, Dom Alexandre colocou a mão direita sobre o ombro da paciente, fazendo um alerta: – A senhora vai observar o ombro esquentar. Avise-me quando isso ocorrer”. Bastaram três aplicações. Coisa de poucos minutos, cada vez. Os anos rolaram. “Nunca mais – conclui Salvador – a bursite amolou a patroa. Quem explica?”

O mesmo Salvador narra o ocorrido com a filha Ana, submetida a transe hipnótico. A garota tinha verdadeiro pavor de barata. “Posso fazer com que ela perca o medo”, asseverou-lhe Alexandre. Três rápidas aplicações de hipnose foram o suficiente.

Mário resolveu partir para um teste em casa, assim que a filha foi declarada recuperada do “trauma da barata”. Colocou uma lata de goiabada vazia em cima de uma barata e pediu à filha, que ignorava o procedimento, para remover a lata. Quando a recomendação foi atendida, a barata se movimentou de um lado para outro. “Em outros tempos, Ana teria voado para outro lado. Dessa vez, ficou apenas olhando a barata correr. Estava mesmo curada.”

Um hipnotizador fantástico. Fazia qualquer pessoa receptiva dormir num átimo. Presenciei demonstrações impressionantes. Bem superiores, em efeitos inusitados, a tudo o que, no gênero, a televisão costuma habitualmente mostrar. Vi pessoas, sob a ação da hipnose por ele aplicada, ficarem suspensas entre duas cadeiras, a cabeça de um lado, os pés do outro, o corpo enrijecido solto no vácuo. Mesmo franzinas, elas suportavam uma carga de peso inacreditável.

Deixo para comentário vindouro o registro de um episódio, do qual fui testemunha ocular, referente à aplicação de hipnose numa intervenção dentária dolorida em que se descartou, como totalmente impraticável, a hipótese do uso de anestesia em processo infeccioso extremamente complexo.

  • Jornalista (cantonius1@yahoo.com.br)

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