Escolas também já registram demanda maior

17 de janeiro de 2019 às 0h01

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Escola de tiro na região Noroeste da Capital recebeu o dobro de ligações em função do decreto - Foto: Alisson J. Silva

Outro serviço que também registrou aumento de demanda nos últimos dias são as escolas de tiro que oferecem o curso e o teste para a aquisição da documentação de posse de arma de fogo. Com três anos de operação no bairro Cachoeirinha, na região Noroeste da Capital, o Attack Clube de Tiro e Caça recebeu o dobro de ligações entre terça-feira e ontem. Segundo a diretora, Leandra Pereira de Sousa, a demanda já havia crescido desde o fim do ano passado, mas a procura teve um verdadeiro boom desde a assinatura do decreto pelo presidente.

“Recebemos uma média de 50 ligações por dia e hoje foram mais de 100. As pessoas também estão nos procurando pelas redes sociais e presencialmente”, afirma. Segundo ela, a escola tem uma sala de aula para 25 alunos e dois stands para treino, sendo um de 25 metros e um de 10 metros. Atualmente a escola tem 800 sócios, que utilizam o espaço para o treino. Mas, segundo a diretora, esse número deve dobrar em breve, tanto por causa da flexibilização da posse de armas, mas também porque a escola está planejando ampliação e inauguração de novos stands.

“A sociedade ainda tem muito preconceito com a posse de arma. Mas agora que o assunto veio a público as pessoas terão mais informações e a procura vai ser maior”, comemora. Segundo ela, o curso para se preparar para a prova da Polícia Federal custa R$ 460 e permite até 40 disparos. Já o processo para adquirir a documentação, que inclui teste psicológico e teste de tiro, custa R$ 990.

Cofres – Até empreendimentos que não estão diretamente ligados ao universo da arma de fogo estão se beneficiando com o decreto de Bolsonaro. É o caso das lojas de cofres. O documento assinado pelo presidente determina a comprovação de um cofre para a guarda da arma nas residências onde houver criança, adolescente ou pessoa com doença mental.

A determinação já surtiu efeito na VHJ Cofres e móveis de aço, localizada no bairro Universitário, na Pampulha. Segundo o proprietário, Jeferson dos Reis Passos, a loja já vinha sendo procurada por colecionadores de armas há algum tempo, mas, nos últimos dois dias a procura de cofres menores aumentou.

O mais demandado é o modelo apartamento, que tem 80 centímetros de altura, 40 centímetros de largura, 40 centímetros de profundidade e 250 kg.

Ele é todo blindado e custa R$ 2800. Segundo Passos, esse modelo é o mais adequado para o armazenamento de uma arma pequena, munição e material de limpeza. O proprietário está contando com um aumento nas vendas entre 30% a 40% este ano e, por isso, já investiu cerca de R$ 1,5 milhão em novos maquinários, além da contratação de cinco funcionários. (TB)

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