Cadeia minerária deve melhorar relacionamento

6 de junho de 2019 às 0h16

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Presidente do Ibram, Wilson Brumer afirmou que pretende promover uma maior aproximação entre os elos da cadeia produtiva minerária - Crédito: Glênio Campregher/Divulgação

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) pretende promover uma maior aproximação entre os elos da cadeia produtiva minerária. Para isso, vai aprimorar as práticas de comunicação entre os agentes do processo produtivo, como fornecedores, mineradoras e consumidores finais, bem como agregar novos serviços e produtos ao órgão. Tudo isso, em prol do desenvolvimento e aprimoramento do setor para um melhor relacionamento com a sociedade.

A afirmação foi feita pelo presidente do Conselho Diretor do Ibram, Wilson Brumer, durante abertura do evento “Fornecedores de tecnologias para gestão e manejo de rejeitos em mineração”, que apresentou novas soluções para gestão e aproveitamento dos rejeitos minerais, realizado ontem (5) e hoje (6), no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG).

“Precisamos ter humildade para admitir o que estiver errado e força de vontade para resolver todas as questões, afinal somos responsáveis pelo passado e futuro do setor. Por isso, precisamos, cada vez mais, unir a cadeia produtiva e desenvolver a mineração. Reconhecemos que processos precisam ser aprimorados e entendemos que ao unirmos esforços, as soluções serão mais facilmente encontradas”, argumentou.

O evento reuniu dezenas de representantes da cadeia produtiva da mineração, entre empresas brasileiras e internacionais, com o objetivo comum de apresentar novas soluções desenvolvidas em prol de uma melhor gestão e manejo dos subprodutos do beneficiamento mineral ou rejeitos minerais.

Segundo o Ibram, o evento é fruto de uma chamada pública lançada em abril, quando 73 empresas enviaram propostas técnicas e, das quais, 38 foram selecionadas para apresentar suas propostas e tecnologias às mineradoras. O evento teve apoio do Ministério de Minas e Energia.

Na ocasião, Brumer destacou a necessidade da discussão de novas práticas e tecnologias para o aprimoramento da mineração e a importância de eventos como este para disseminar conhecimento em torno das novas tecnologias, serviços e produtos desenvolvidos no Brasil e em outros países. Ele garantiu a maior atuação do Ibram neste sentido.

“O instituto tem o papel de ajudar o segmento de mineração e, infelizmente, nos últimos anos, foi pouco atuante na linha do desenvolvimento. Gostaríamos de resgatar esse papel, uma vez que temos uma equipe muito preparada, com ideias para apresentar e sugerir, agregando novas medidas para o setor”, citou, enfatizando que o objetivo é também buscar novos segmentos para o órgão, tudo dentro da lógica de agregar todos os agentes da cadeia produtiva.

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Marco – Presente na abertura, o diretor de Transformação e Tecnologia Mineral da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Enir Sebastião Mendes, ressaltou o compromisso da Pasta com o setor mineral, por meio do aprimoramento do novo marco institucional, garantindo maior segurança jurídica e melhorias nas longas fases de maturação do processo produtivo. Para ele, passos fundamentais no estímulo ao investimento.

“Estas discussões e o aprimoramento das práticas e tecnologias permitem não apenas prolongar a vida útil das minas, mas facilitar a obtenção de licenças ambientais e melhorar a percepção da sociedade em relação ao setor. O fortalecimento da mineração tornou-se uma meta compartilhada por todos”, resumiu.

Da mesma maneira, o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Renato Teixeira Brandão, lembrou que o Estado já vem discutindo tecnologias alternativas há algum tempo e que agora, mais do que nunca, é preciso avançar e tirar as medidas do papel.

“É necessário a consciência de alterar a forma como vínhamos fazendo a mineração e levar para uma perspectiva de futuro sustentável e consciente”, lembrou.

Por fim, o gerente de Atendimento, Registro e Acervo do Crea-MG, Luís Carlos Andrade Pimenta, ressaltou a importância do papel da engenharia não somente na mudança de paradigmas da mineração, principalmente após os rompimentos de barragens da mineradora Vale ocorridos no Estado em Mariana (2015) e Brumadinho, no início deste ano, mas também da retomada da economia nacional.

“Precisamos mostrar os caminhos para o Brasil. Mais do que isso, como construir estes caminhos e quais as medidas necessárias para se chegar até eles”, finalizou.

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