Gasoduto de Uberaba volta à pauta do governo

26 de março de 2019 às 0h07

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Crédito: Divulgação

Abandonado em 2015 pela Petrobras, o projeto de implantação de uma fábrica de amônia em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e a construção de um gasoduto na região, aos poucos, voltam à pauta do governo do Estado. Semana passada, o prefeito da cidade, Paulo Piau (PMDB), se reuniu com representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) e demais entidades mineiras a fim de discutir a importância dos projetos para Minas Gerais.

Além da comitiva municipal e membros do governo, estiveram presentes pessoas do alto escalão da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Na avaliação do prefeito, o balanço da reunião foi altamente positivo e promissor. Segundo ele, mais uma vez, diferentemente da gestão passada, a equipe do governador Romeu Zema (Novo) tem se mostrado aberta, disposta a colaborar com a atração de investimentos e retomar projetos estratégicos para Minas como a planta de amônia e o gasoduto.

“Todos sabem da importância de termos uma planta de amônia/ureia no Estado, além de proporcionar a chegada do gasoduto até as regiões do Triângulo e Alto Paranaíba. Ambos os projetos são estratégicos para a retomada da pujança da economia mineira”, resumiu.

Procurada pela reportagem, a Sedectes informou que é de interesse do governo de Minas Gerais a tratativa do gasoduto, em função da oportunidade de desenvolvimento econômico na região do Triângulo Mineiro e como fonte geradora de emprego. Porém, destacou que, devido ao estudo do tema, são reservadas maiores informações sobre o assunto no momento.

Especificamente sobre o projeto da planta de amônia, o prefeito lembrou que uma espécie de pré-estudo de viabilidade econômica realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) já foi concluído e entregue no fim do ano passado e que os resultados foram melhores do que o esperado.

De acordo com Piau, contam a favor do projeto os já elevados níveis de importação de fertilizantes pelo agronegócio brasileiro (75%); a desativação das plantas da Petrobras em Laranjeiras (SE) e Camaçari (BA), anunciada em outubro do ano passado; e a sobreoferta prevista a partir do gás do pré-sal.

Agora, conforme ele, o próximo passo será o financiamento do estudo oficial.

“Conhecemos a situação financeira do Estado e estamos propondo alternativas recompensáveis para viabilizar o estudo”, esclareceu.

Assim, nos próximos meses, os esforços serão concentrados na parte de estudos e tratativas do novo projeto, que vai ter o modelo de negócio todo construído pela própria FGV. Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO no início do ano, Piau chegou a afirmar que diante das novas perspectivas, possivelmente em 2020 os projetos da planta de fertilizantes e o gasoduto deverão, enfim, sair do papel.

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Projeto – A instalação da planta de amônia em Minas Gerais, até então, único grande projeto da Petrobras no Estado, foi iniciada em 2014 e abandonada pela estatal em 2015, com a paralisação das obras do empreendimento em julho daquele exercício.

Os trabalhos foram suspensos com cerca de 30% de execução mediante custo de R$ 1,2 bilhão. O projeto total previa inversões de mais de R$ 2 bilhões e a previsão inicial era que a conclusão das obras ocorresse em 2017.

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