Haddad sobe 11pontos percentuais

19 de setembro de 2018 às 0h05

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Na simulação de segundo turno, Fernando Haddad e Jair Bolsonaro empatam com 40% - REUTERS/Paulo Whitaker

São Paulo – A quarta pesquisa Ibope/Estado/TV Globo desde o início oficial da campanha eleitoral que o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, subiu 11 pontos percentuais em uma semana e se isolou na segunda colocação, com 19%, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que oscilou dois pontos porcentuais para cima e chegou a 28%.
A seguir aparece Ciro Gomes (PDT), que se manteve com os mesmos 11% da semana anterior. Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou dois pontos para baixo, de 9% para 7%. E Marina Silva (Rede) caiu três pontos, de 9% para 6%.

“Com esse crescimento de Haddad, a probabilidade de haver segundo turno entre ele e Bolsonaro aumentou significativamente, embora não se possa descartar totalmente outros cenários”, disse a diretora executiva do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari.

A pesquisa divulgada ontem é a primeira do Ibope que capta os efeitos da oficialização de Haddad como candidato do PT, ocorrida no último dia 11. Em sua primeira semana como substituto de Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato -, ele avançou de 8%, patamar que o colocava em situação de empate técnico com três adversários, para 19%, abrindo oito pontos de vantagem sobre Ciro, seu principal rival na disputa por uma vaga no segundo turno.

O levantamento é também o segundo desde que Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, quando participava de um evento de campanha. Desde então, ele subiu seis pontos percentuais, de 22% para 28%.

Os candidatos do PSL e do PT são os dois únicos que apresentaram tendência de alta desde o início da série de pesquisas Ibope, em 20 de agosto.

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Empate técnico – As simulações de segundo turno mostram empate técnico em três dos quatro cenários testados pelo Ibope. Os dois primeiros colocados nas intenções de voto no primeiro turno, Bolsonaro e Haddad, teriam 40% cada em um confronto direto, caso ocorresse hoje.

Em um embate com Ciro Gomes, o candidato do PSL teria 39%, contra 40% do pedetista. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos, trata-se de empate técnico.

O mesmo valeria para um duelo entre Bolsonaro e Alckmin (38% a 38%). A única que perderia para o candidato do PSL fora da margem de erro é Marina, que teria 36% dos votos, ante 41% de Bolsonaro.

No quesito rejeição, Bolsonaro manteve a primeira colocação, com 42%, praticamente o mesmo resultado da semana anterior (41%). Haddad, à medida que fica mais conhecido, ganha simpatizantes e também desperta mais repúdio: cresceu de 23% para 29% a parcela de eleitores que não votaria no petista de jeito nenhum.

No bloco inferior da lista de candidatos, Alvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) ficaram com 2% das preferências na pesquisa estimulada de primeiro turno. Cabo Daciolo (Patriota) teve 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

O Ibope foi às ruas entre o último domingo e ontem. Foram entrevistadas 2.506 pessoas em 177 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que há 95% de chance de os resultados refletirem o atual momento eleitoral. A pesquisa foi contratada pelo jornal Estado de S. Paulo e pela TV Globo. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi feito sob o protocolo BR-09678/201. (AE)

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