Instituições de ensino ganham aliado tecnológico
29 de novembro de 2018 às 0h01
Um projeto acadêmico do curso de Ciência da Computação do UniBH resultou em um negócio que promete colocar em ordem a gestão patrimonial de instituições de ensino na Capital. A ideia partiu do estudante Luiz Henrique Cardoso, que propôs o desenvolvimento de um sistema que organizasse a abertura de chamadas de serviços de manutenção patrimonial na universidade, assim como a gestão do atendimento dessas demandas. O sistema foi tão bem-sucedido, que o estudante e outros oito colegas resolveram transformá-lo em um produto por meio da startup Tino. A expectativa é de que a solução esteja pronta para venda a partir de fevereiro do ano que vem.
O estudante explica que o sistema resolve um problema prático das instituições de ensino, que é localizar com rapidez as demandas relacionadas à manutenção patrimonial. Isso é possível porque a solução tem uma interface que é utilizada pelos alunos, professores e funcionários da instituição. “Eles podem abrir uma chamada sobre uma lâmpada queimada ou problema no banheiro, por exemplo, de forma que todas as demandas ficam expostas aos usuários. O sistema tem uma lógica de usabilidade comum às redes sociais, então as pessoas podem interagir com as chamadas, curtindo e comentando”, explica.
Outra interface do sistema é voltada para os responsáveis pela gestão patrimonial da instituição. Nela, os funcionários conseguem acessar as chamadas, encaminhá-las e encerrá-las, caso tenham sido resolvidas. Além disso, o sistema permite a geração de relatórios para previsão de incidentes. “Os relatórios ajudam o gestor a entender melhor as demandas e a chegar a algumas conclusões que podem impedir novas chamadas. Por exemplo, se um equipamento estraga várias vezes em um curto espaço de tempo, de repente o problema não seja resolvido apenas com manutenções. Além disso, a solução pode ajudar a analisar a eficiência da equipe de manutenção”, explica.
O produto está sendo desenvolvido há nove meses e, segundo o estudante, está em sua segunda versão. Ele já foi testado pela gestão patrimonial do UniBH, que será o primeiro cliente da startup. “Além do UniBH, já estamos em conversa com outras duas grandes instituições de ensino e nossa expectativa é atender esses três clientes durante todo o ano de 2019. A partir de 2020 colocamos o sistema na prateleira”, planeja.