Light desiste de fazer oferta pública de ações

28 de novembro de 2018 às 0h01

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Foto: Pxhere

A Light, controlada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e que possui ativos de geração e é responsável pela distribuição de eletricidade na região metropolitana do Rio de Janeiro, informou que não está mais avaliando a captação de recursos por meio de uma oferta pública de ações ordinárias de sua emissão, conforme anunciado em agosto. A empresa, continua avaliando oportunidades de mercado. Sua controladora, a Cemig, por sua vez, reforçou que segue com o plano de alienar a totalidade de sua participação no capital social da Light.

Em fato relevante divulgado ao mercado ontem, via B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), a Light informou que, em reunião realizada na segunda-feira, os acionistas integrantes do bloco de controle consideraram que os termos e condições propostos para ancoragem da operação não atendiam aos interesses da companhia e acionistas. “A Light continuará a monitorar as oportunidades de mercado para otimizar sua estrutura de capital”, acrescentou no documento.

A empresa já havia, inclusive, celebrado um memorando preliminar de entendimentos não-vinculante visando à ancoragem da potencial oferta por fundos de investimentos liderados pela GP Investments. A Cemig, controladora da Light, reafirmou, também em fato relevante publicado ao mercado, ontem, via B3, “sua decisão de alienar a totalidade de sua participação no capital social da Light, conforme seu Programa de Desinvestimento”.

Em agosto, a Light também anunciou que fará sua 15ª emissão de debêntures para levantar até R$ 700 milhões. Apesar de não informar detalhes, a empresa afirmou que os recursos seriam direcionados para investimentos. O pedido de análise prévia para registro da oferta pública de debêntures simples já foi submetido à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Segundo a companhia, serão ofertadas, inicialmente, 700 mil debêntures, com valor nominal unitário de R$1 mil, chegando a um total de R$ 700 milhões. A companhia fez ainda uma ressalva, que é a possibilidade de distribuição parcial das debêntures, com a emissão de 400 mil debêntures, o que equivale a um total de R$ 400 milhões, que seria o montante mínimo da operação.

A venda da Light vem sendo perseguida pela Cemig como uma das prioridades do seu plano de desinvestimentos, que tem como um dos objetivos reduzir a dívida líquida da estatal, hoje, em torno de R$ 13,3 bilhões. A empresa fluminense já recebeu propostas não vinculantes, mas nenhuma se concretizou.

RME – Ontem, a Cemig informou que a Rio Minas Energia Participações (RME), integrante do bloco de controle da Light, vendeu fatia de 2,13% do capital social da distribuidora, por R$ 64,5 milhões.

“Adicionalmente, a companhia informa que, com essa venda, a soma das participações da Cemig, RME e Luce Empreendimentos e Participações no capital social da Light passou a ser de 49,99%”, informou a estatal mineira. Com informações da Reuters.

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