Lucro líquido da LOG tem aumento de 22,5%

26 de abril de 2019 às 0h17

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Crédito: Divulgação

Especializada em locação de condomínios logísticos, a LOG Commercial Properties, empresa do grupo MRV Engenharia, vive momento de expansão. Só no primeiro trimestre deste ano, a receita operacional líquida cresceu 19% e o lucro líquido 22,5%, em relação ao mesmo período no ano passado.

O resultado pode ser explicado pelo modelo de negócio diferenciado, que inclui a construção dos empreendimentos e dá à empresa poder sobre os custos dos galpões. Além disso, a LOG acaba de criar mais uma unidade de negócio, a LOG Administradora, que cuidará da gestão dos condomínios e trará ainda mais eficiência para a gestão.

Os resultados do primeiro trimestre de 2019 da LOG foram divulgados ontem. De acordo com o balanço, a receita operacional líquida da LOG passou de R$ 25,1 milhões no primeiro trimestre de 2018, para R$ 29,9 milhões no mesmo período deste ano. Já o lucro líquido passou de R$ 10,6 milhões para R$ 13 milhões, na mesma base de comparação.

O presidente da empresa, Sérgio Fischer, explica que o modelo horizontal da empresa, que abarca todos os processos até a entrega do imóvel para aluguel, é o principal motivo para os resultados positivos. Ele destaca que grande parte das empresas que operam nesse segmento utiliza empreendimentos já construídos ou fazem pequenas expansões em imóveis prontos. A LOG, por outro lado, trabalha desde a escolha do terreno, passando pelo desenvolvimento e aprovação do projeto, pela construção do condomínio a partir de um mesmo padrão, até então chegar à locação.

A grande questão é que, mais que uma locadora, somos uma construtora, afirma Fischer – Créditos: DIVULGAÇÃO

“A construção padronizada nos dá o benefício de controle sobre os custos. Dessa forma, conseguimos fazer empreendimentos de qualidade e com um valor mais baixo, o que é repassado ao cliente. A grande questão é que, mais que uma locadora, somos uma construtora”, afirma.

O presidente explica que isso se reflete no crescimento do lucro, que foi maior que o crescimento de receita. Isso porque os custos operacionais da empresa não mudam: o time é o mesmo, assim como a técnica de construção. Mas, por outro lado, a demanda pelos empreendimentos só aumenta.

De acordo com o balanço da empresa, a expectativa é que, em 2019, haja um crescimento de 22,3% em área bruta locável (ABL) entregue, em relação a 2018. No primeiro trimestre deste ano, foram entregues 75 mil metros quadrados de ABL, atingindo 817 mil metros quadrados em março. Fischer afirma que o aumento da demanda está diretamente ligado à boa aceitação dos condomínios da empresa.

Segundo ele, durante a crise, muitas empresas perceberam que o modelo da LOG compensava mais por ser melhor estruturado.

“As empresas perceberam que, embora nossos condomínios tenham um custo de aluguel mais alto que alguns galpões de rua, no final das contas – por questões técnicas como pé direito e área modular – o custo operacional dos nossos condomínios é mais baixo. Então, temos recebido muitos clientes que estavam em busca de redução de custos”, explica.

O aumento da demanda também pode ser medido pela baixa taxa de vacância. De acordo com o relatório, a ocupação estabilizada de galpões atingiu recorde com 94,7% em março, o que significa apenas 5,3% de vacância. Dos 75 mil metros quadrados de ABL entregues no primeiro trimestre deste ano, 88% já estava locado e com taxa de retorno média de 12,7% ao ano.

“Esses números são extraordinários porque estamos conseguindo locar quase a totalidade dos condomínios antes mesmo de a obra estar pronta”, comemora o presidente.

Outro fator que tem ajudado a empresa a expandir é a demanda por parte das empresas de e-commerce. A estimativa da empresa é de que, até o fim de 2019, 25% do ABL da empresa será ligado ao comércio eletrônico. De acordo com o presidente, trata-se de empresas que utilizam os galpões da LOG espalhados pelo Brasil para guardar estoque e facilitar a logística de entrega aos clientes.

“Estamos em 26 cidades, de nove estados do País, o que é um grande diferencial do nosso grupo. Então, é muito comum que uma mesma empresa de e-commerce seja nossa cliente em diferentes regiões”, explica.

Metas – O presidente afirma que não é possível dizer metas de crescimento em números exatos, mas garante que o crescimento de receita e lucro acompanhará o aumento da demanda.

Segundo ele, a LOG possui aproximadamente 102,8 mil metros quadrados de ABL com previsão de entrega nos próximos três trimestres, o que fará a empresa atingir 920 mil metros quadrados no final de 2019.

Entre os condomínios que serão entregues estão um galpão de cerca de 70 mil metros quadrados em Extrema, no Sul do Estado, e uma área de cerca de 10 mil metros quadrados em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

O ano de 2019 também será de expansão para a LOG Administradora, unidade de negócio que foi criada no início deste ano para gestão dos condomínios. A operação veio para completar a atuação horizontal da locadora, que domina todos os processos, desde a escolha do terreno, passando pela construção, a locação e, agora, a administração dos condomínios.

“Até então, a LOG utilizava parte de sua equipe e parte de trabalho de terceiros na administração dos galpões. Mas não estávamos satisfeitos com o trabalho realizado dessa forma e incorporamos a atividade. Agora, conseguimos controlar a qualidade da administração e ainda geramos receita com a oferta desse serviço”, comemora. Só no primeiro trimestre de 2019, a LOG Administradora gerou receita de R$ 953 mil.

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