BH pode ter o melhor Natal dos últimos 4 anos

28 de novembro de 2018 às 0h15

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A análise da Fecomércio-MG mostra que 55,4% das pessoas pesquisadas estão esperançosas em relação ao emprego - Foto: EBC/Divulgação

Belo Horizonte tem as melhores expectativas para o Natal dos últimos quatro anos. É o que mostra a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), que aponta que 66,6% dos consumidores da Capital pretendem presentear na data comemorativa mais importante para o setor, que envolve diversas cadeias de produtos e serviços.

A perspectiva para o Natal deste ano é a maior desde 2014, quando o percentual era de 78,5%, enquanto que, no ano passado, 63,3% dos entrevistados afirmaram que iriam às compras no mesmo período. Para o economista da entidade, Guilherme Almeida, a expectativa positiva está amparada principalmente pela melhoria da percepção econômica por parte dos consumidores.

“Ainda que existam questionamentos sobre a velocidade de recuperação da economia e os reflexos do período eleitoral, que lançou incertezas para o mercado, comparativamente a confiança por parte dos consumidores e dos empresários é maior. Isso leva a uma melhora nas perspectivas para as compras de Natal”, afirmou o especialista.

Na avaliação de Almeida, apesar da volatilidade nas comparações mensais, a inflação ainda tem se mantido em um nível relativamente favorável, sem pesar no orçamento familiar. Além disso, a análise da Fecomércio-MG mostra que 55,4% das pessoas estão esperançosas em relação ao emprego no ano que vem contra 52,7%, que responderam na mesma linha em 2017.

“Observando o comportamento dos indicadores durante o ano, as famílias têm um novo ânimo para o consumo. A melhoria no emprego, com maior geração de postos de trabalho neste ano em relação ao ano passado, também traz uma confiança para a data comemorativa”, explicou o economista.

O levantamento da entidade apontou também que 56,9% dos consumidores ouvidos estão otimistas para o Natal, índice superior aos 55,3% registrados na última pesquisa. Apesar disso, o comportamento esperado para as compras é de aquisição de poucos produtos e de menor valor, conforme apontaram 52,7% dos entrevistados.

O tíquete médio esperado para metade dos consumidores é de até R$ 200 e, entre os consumidores que vão presentear na data, a maioria (67,3%) pretende ter um gasto menor com os presentes se comparado ao valor empregado no ano passado. Os itens mais procurados serão roupas (42,6%), brinquedos (22,1%), calçados (14%) e perfumaria (8,1%).

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Forma der pagamento – O pagamento à vista, no dinheiro ou cartão de débito será a opção para 84,5% dos clientes, principalmente se obtiverem descontos. O comércio do hipercentro de Belo Horizonte é o local preferido para a aquisição dos produtos para 43,9% dos consumidores ouvidos.

Guilherme Almeida ressalta, no entanto, que o pagamento à vista é uma intenção mas, geralmente, um grande percentual migra para a modalidade parcelada por falta de recursos, de planejamento ou pela facilidade de pagamento oferecida pelas modalidades de crédito.

“O consumidor deve ficar atento porque o crédito compromete a renda futura e já em janeiro existem os compromissos obrigatórios que podem comprometer a saúde financeira”, lembrou.

A pesquisa da Fecomércio-MG apurou ainda qual será o destino do 13º salário dos consumidores neste ano. Seguindo o comportamento observado desde 2015, a maioria dos belo-horizontinos (47,2%) vai usar a renda extra para quitar dívidas, enquanto 18% destinarão os recursos para as compras de Natal. No ano passado, aproximadamente 13% afirmaram que pretendiam direcionar os recursos para os presentes do período natalino.

Segundo o economista, quitar os compromissos financeiros é a postura mais adequada e é benéfico tanto para o consumidor, que fica em dia com as contas, quanto para o varejo porque os inadimplentes ficam impossibilitados de obter crédito no mercado, afetando as vendas.

“É interessante que os consumidores que possuem dívidas, principalmente em modalidades com juros mais elevados, destinem o 13º para regularizar a situação. É importante que o consumidor quite seus compromissos para tentar entrar em 2019 com a saúde financeira equilibrada”, avaliou Almeida.

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