Mercado doméstico impulsiona indústria no País

26 de junho de 2019 às 0h04

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Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

São Paulo – A indústria brasileira de máquinas e equipamentos cresceu 15,1% em maio, em relação ao ano anterior, e 4,7% na comparação com abril, totalizando R$ 7,2 bilhões de receita líquida total. O dado foi divulgado ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Segundo a Abimaq, o crescimento em maio é influenciado principalmente pelo mercado doméstico, que cresceu 12%. No acumulado entre janeiro e maio, o setor avançou 7,5%.

“É um crescimento robusto, mas estamos olhando para maio do ano passado, quando teve a greve dos caminhoneiros. Estamos também trabalhando com uma base muito ruim. Para se ter ideia, de 2012 para 2015, o mercado caiu 50%. Estamos falando de 7,5% sobre 50% menos”, falou o presidente da entidade, João Carlos Marchesan.

A balança comercial do setor teve um saldo negativo de US$ 812,3 milhões em maio, o que representou recuo de 38% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Mas as exportações cresceram, atingindo US$ 740,92 milhões, incremento de 43,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, embora tenha ocorrido uma queda de 6,1% em relação a abril. As importações também subiram em maio, 26,8% em relação a abril e 40,5% em relação a maio do ano passado. Segundo a Abimaq, a comparação com maio do ano passado demonstra um crescimento acima do padrão, porque é uma comparação com um mês baixo no ano passado, quando o setor foi afetado pela greve dos caminhoneiros.

Para a Abimaq, os números do setor estão acima dos observados no primeiro semestre de 2018, período muito afetado pela greve dos caminhoneiros. Mas o segmento tem dúvidas de que esta melhora será mantida ao longo dos próximos meses.

Segundo o presidente da entidade, João Carlos Marchesan, a expectativa de crescimento para este ano é de 5%.

“O setor de máquinas agrícolas está trabalhando com crescimento de 10%, com expectativa de crescimento em torno de 5% este ano. É um crescimento sobre uma base ruim, mas já começa a crescer. As máquinas hoje, como um todo, tem idade média de 10 ou 15 anos. É muito antiga e precisa ser renovada. E muitas empresas não estão tendo condições de trabalhar. Então precisa, de uma maneira ou de outra, trocar essas máquinas. E isso já começou a acontecer”.

Previdência – O setor está otimista com a aprovação da reforma da Previdência este ano.

“A reforma da Previdência será aprovada e, no nosso entendimento, será a mais robusta possível. Se for em torno de R$ 1 trilhão, isso já está de bom tamanho”, disse o presidente da entidade, que também citou a reforma tributária como essencial.

“Mas não é só isso que fará o Brasil crescer. É preciso que haja demanda, é preciso que haja investimentos do próprio governo e também que se trabalhe em uma agenda no dia seguinte. Aprovada as reformas, elas farão efeito a longo prazo e nós precisamos fazer a economia crescer já ”, disse o presidente da Abimaq.

O balanço divulgado hoje pela Abimaq demonstra a retomada do emprego. Em 2019, até o mês de maio, houve a criação de 8 mil postos de trabalho, o que representou crescimento de 4,4% em relação ao mesmo intervalo de 2018. Segundo a Abimaq, o ciclo de emprego deve continuar aumentando no decorrer do ano. Mas será um crescimento gradual e lento. (ABr)

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