MPEs criam mais de 72 mil vagas no ano até agosto

3 de outubro de 2018 às 0h05

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No acumulado de 2018, o setor de serviços, com 30.832 novos postos, tem de longe o melhor desempenho no Estado - Alisson J. Silva Tif'S - 30/11/07

Em cenário de alto índice de desemprego, uma sinalização positiva vem das micro e pequenas empresas (MPEs). No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o saldo de empregos gerados por esse segmento em Minas foi de 72.657, número 34% superior ao registrado em igual período do ano passado, que ficou em 54.153. Em agosto, o saldo foi negativo em 123 vagas devido a fatores sazonais da agricultura, mas os demais setores mostraram resultados positivos, com destaque para serviços e construção civil, que tiveram resultado, respectivamente, de 6.513 e 1.839 vagas. Em relação às médias e grandes empresas (MGEs), o saldo registrado pelas MPEs nos oito primeiros meses de 2018 é 169% maior.

Os dados fazem parte de levantamento divulgado ontem pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas) e que foi feito com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Segundo a assistente na unidade de inteligência do Sebrae Minas, Gabriela Martinez, a melhoria do saldo de empregos gerados pelas MPEs no acumulado do ano é atribuída à recuperação gradual da economia. Ela explica ainda que as empresas desse porte são a grande maioria no País e, por isso, costumam ter melhor desempenho em geração de emprego que as MGEs. Além disso, segundo Gabriela Martinez, as MPEs são mais sensíveis a qualquer alteração no cenário econômico. “Se a economia vai mal, as MPEs sofrem mais que as médias e grandes empresas. Mas, se há melhora, elas reagem de forma mais rápida”, explica.

Ela destaca ainda que, mesmo registrando resultado negativo de 123 vagas, o mês de agosto de 2018 teve um desempenho bem melhor que igual período do ano passado, quando o saldo negativo foi de 5.700 vagas.

Setores – Um dos fatores que levou o mês de agosto a registrar resultado negativo no saldo de empregos é a sazonalidade na agropecuária. Nessa época, encerra-se a colheita de café, gerando um alto índice de desligamentos. Nesse setor, o saldo de empregos das MPEs ficou negativo em 10.825.

Já o setor de serviços apresentou saldo positivo de 6.513 vagas, seguido da construção civil, com 1.839 vagas. Na sequência, aparecem comércio (1.089); indústria da transformação (984); serviços industriais de utilidade pública (218); extrativa mineral (59); e administração pública, que apresentou estabilidade.

No acumulado do ano, o melhor desempenho também foi o do setor de serviços, com saldo de 30.832 vagas, seguido da agropecuária, extração vegetal, caça e pesca, com 25.799 vagas. Depois aparece construção civil, com 11.975; indústria da transformação (8.172); serviços industriais de utilidade pública (549); extrativa mineral (378).

Construção – O economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, disse ontem que a melhora de empregos gerados na construção civil em agosto foi pontual. Segundo ele, no País, o número de postos de trabalho gerados está em torno de 2,07 milhões, número muito aquém do que o setor costuma empregar, que é de aproximadamente 3 milhões. Ele analisa que a recuperação do emprego depende da consolidação do avanço da economia.

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