Novo presidente do BDMG aposta na recuperação da economia mineira

6 de abril de 2019 às 0h15

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Novo presidente do BDMG (esq.), Sérgio Suchodolski, indicado em fevereiro, foi apresentado pelo governador em exercício Paulo Brant - Créditos: Renato Cobucci / Imprensa- MG

MARA BIANCHETTI e THAÍNE BELISSA*

O tema “relançamento da economia mineira” dominou os discursos durante a posse do presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão Suchodolski, na sexta-feira (5).

Durante o evento, o novo gestor destacou que sua aposta será nas novas tecnologias para garantir um banco forte e ajudar a economia do Estado a se reerguer. Já o governador em exercício, Paulo Brant, lembrou que Minas Gerais tem potencial para sair melhor da crise e que o BDMG tem grande participação nesse processo de recuperação.

O novo presidente do BDMG foi indicado ao cargo pelo governo do Estado no fim de fevereiro. De acordo com informações da assessoria do governo, a indicação seguiu os mesmos critérios adotados na escolha dos demais dirigentes do Executivo estadual: avaliação de currículos e processo de seleção.

Em seu discurso de posse, o novo presidente falou sobre os desafios no cenário econômico do Estado, mas garantiu que o BDMG terá eficiência para transformar isso em oportunidade.

“O banco tem por missão alavancar o crescimento regional e é um importante braço financeiro a serviço do desenvolvimento de Minas Gerais. Temos hoje uma carteira de mais de 20 mil clientes espalhados pelos quatro cantos do Estado, marcando presença em 88% dos 853 municípios. São inúmeras as oportunidades em um cenário econômico desafiador, que exige criatividade e austeridade com as despesas”, declarou.

Em entrevista à imprensa, quando questionado sobre o poder de auxílio do banco no escalonamento da verba devida pelo Estado aos municípios, Suchodolski reforçou a ideia de que a instituição está comprometida com o crescimento do Estado.

“O BDMG vai ajudar, e muito, no relançamento da economia mineira e na melhoria dessas circunstâncias atuais”, disse.

Sobre o foco em novas tecnologias, o presidente afirmou que se trata de um reposicionamento do banco para acompanhar as inovações no mercado. Segundo ele, as novas tecnologias facilitarão o acesso às linhas de financiamento e manterão a instituição “na vanguarda e não na retaguarda”.

“Não dá mais para pensar que daremos saltos de eficiência com as atuais tecnologias e métodos de trabalho. É necessário trabalhar com práticas no estado da arte, com inovação, coragem e com as mangas da camisa arregaçadas. Novas tecnologias são fundamentais para o banco ganhar escala e eficiência. E, para tanto, precisamos nos manter conectados com os fortes ecossistemas de startups mineiro e brasileiro”, reforçou.

Paulo Brant também usou a expressão “relançamento da economia mineira” para falar sobre a importância do BDMG para o Estado. “Esse banco tem gente qualificadíssima, tradição bancária e uma história não só de competência, mas de uma instituição republicana. O banco terá um papel crucial nesse processo. Se a gente conseguir criar, aqui em Minas, um ambiente de negócios, segurança jurídica e gerar bons projetos, nós vamos certamente sair dessa crise muito melhor do que entramos”, destacou.

Ele também comentou o foco em tecnologia na nova gestão do BDMG. Para o vice-governador, a inovação é um dos caminhos para o Estado sair da crise.

“Não é apenas digitalizar processos, é muito mais do que isso. Nós temos que repensar Minas Gerais a partir das possibilidades que estão abertas. E o BDMG é um espaço exuberante para isso”, finalizou.

Currículo – Suchodolski é bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, tem mestrado em Direito pela Harvard Law School, nos Estados Unidos, e mestrado nas áreas de Comércio Internacional, Economia e Ciências Políticas pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, na França.

Ele foi diretor-geral do Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank) de Xangai, na China; vice-presidente da Continental Grain Company – Arlon Capital Partners, grupo de investimentos com sede nos Estados Unidos; atuou na área de Política Comercial da Embaixada do Brasil em Washington; foi superintendente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); chefe da Assessoria Internacional da Presidência da República; e supervisor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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