Número de lojas virtuais cresce 57% em MG

20 de setembro de 2018 às 0h01

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Crédito: Pixabay

Enquanto a economia brasileira vive momento de lenta recuperação e o mercado experimenta grande desconfiança em relação ao que está por vir, o segmento de e-commerce segue crescendo no País. No último ano, o faturamento do setor foi 12% maior que em 2016 e a expectativa é que, este ano, a receita cresça 15% sobre o ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm).

Nesse contexto, Minas Gerais se destaca com um número crescente de lojas virtuais criadas, assim como no faturamento do setor.

De acordo com levantamento realizado pela Loja Integrada, plataforma para a criação de e-commerces que conta com mais de 700 mil lojas, o faturamento das lojas virtuais de Minas Gerais dobrou de 2016 para 2017, passando de R$ 12 milhões para mais de R$ 23 milhões. Este ano, só no primeiro semestre, as lojas mineiras faturaram R$ 24,1 milhões. A pesquisa também mostra que foram criadas mais de 11 mil novas lojas virtuais no Estado no primeiro semestre de 2018, o que significa um crescimento de 57% em relação ao mesmo período no ano passado.

O diretor da Loja Integrada, Alfredo Soares, afirma que o crescimento do e-commerce é uma tendência no Brasil, mas ele acredita que o setor em Minas Gerais se destaca em relação ao restante do País. Para o diretor, esse resultado tem a ver com a “onda de tecnologia” vivida no Estado, o que impulsiona a utilização do e-commerce. “Minas Gerais está conectado com as novas tecnologias e tem um polo importante de startups em Belo Horizonte, que vem puxando a inclusão digital. A região vive momento de fomento da tecnologia e isso se reflete no consumo da população na internet”, analisa.

Soares destaca que o consumo crescente nas plataformas on-line incentiva novos investimentos no e-commerce. Isso porque, ao perceber o movimento em torno das lojas virtuais, os empresários que estavam fora desse cenário acabam se adaptando para não perder competitividade. De acordo com o diretor, entre os segmentos que mais se destacam no Estado estão moda e decoração. Mas, segundo ele, nos últimos dois anos o setor de saúde e beleza vem crescendo e chegou a ultrapassar as compras de moda.

Outro ponto positivo destacado pelo diretor a respeito do e-commerce em Minas Gerais é o amadurecimento dos negócios na internet. “Mais que crescer, o mercado mineiro amadureceu. Tenho visto os varejistas do Estado buscando se informar mais sobre o tema, marcando presença nos eventos do setor e, por isso, temos visto negócios que entram na internet de forma menos impulsiva e mais planejada”, avalia.

Cases – Especializado em um produto que é tradicionalmente comprado em lojas físicas, a rede de supermercados Super Nosso é um case de sucesso em Minas Gerais na exploração do e-commerce. A loja virtual Super Nosso em Casa existe desde 2012 e vem crescendo em vendas a uma média de 30% ao ano, segundo o especialista em marketing digital do grupo, Anderson Mendes.

“Acredito que o crescimento tem a ver com a busca de comodidade dos clientes, que estão cada vez mais ocupados, mas também com o investimento da marca no negócio. O Super Nosso em Casa não é apenas um catálogo on-line: nós trabalhamos a experiência do usuário, colhemos feddback e fazemos ações específicas para melhorá-lo a cada dia”, afirma.

O sucesso do e-commerce foi tão satisfatório para a marca, que o grupo lançou, este ano, o Apoio Entrega, a loja virtual do atacarejo Apoio, que também faz parte do Grupo Super Nosso. “Como a operação iniciou este ano não conseguimos fazer uma comparação para medir o crescimento. Mas a aposta nesse produto é grande: a expectativa é que o Apoio Entrega atenda 60% das cidades mineiras até o fim de 2018 e seja a maior loja do grupo nos próximos três anos”, destaca.

A Casa do Vinho, com sede no bairro Barro Preto, região Centro-Sul da Capital, também tem experimentado grande demanda em seu e-commerce, que foi criado há cinco anos. De acordo com o sócio e proprietário da empresa, André Martini, as vendas têm dobrado de um ano para outro, assim como o tíquete médio do e-commerce tem superado o da loja física.
“Os vinhos mais caros e mais diferenciados são vendidos principalmente pela internet.

Acredito que é porque o vinho comum é encontrado em qualquer lugar, mas para comprar um mais elaborado o cliente pesquisa e acaba chegando ao e-commerce”, afirma. De acordo com ele, a loja virtual da Casa do Vinho oferece cerca de 400 rótulos que custam de R$ 38,50 a R$ 2780.

Martini afirma que o e-commerce tem ajudado a loja a chegar a novos clientes, inclusive de todas as partes do Brasil. “Nós somos uma importadora e trazemos rótulos exclusivos da Europa. Se tivéssemos apenas a loja física, clientes de outros estados teriam dificuldade de conhecer os vinhos que importamos, mas o e-commerce nos ajuda a alcançar todo o País”, frisa.

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