Oficinas apresentam estagnação no Estado

17 de julho de 2019 às 0h10

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Expectativa das empresas no Estado é registrar uma melhora na demanda no segundo semestre - Crédito: Alisson J. Silva

O setor de reparação de veículos, ao longo do primeiro semestre, se manteve estagnado, seguindo a tendência observada no encerramento de 2018. A retomada do crescimento do setor deve acontecer após a aprovação da reforma da Previdência, considerada um avanço importante para estimular investimentos e gerar emprego e renda. Caso aprovada a reforma, a expectativa é encerrar o ano com crescimento entre 2% e 2,5%.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos do Estado de Minas Gerais (Sindirepa), Alexandre Mol, o setor encerrou o primeiro semestre estagnado, mas a expectativa é de aumento na demanda no segundo semestre. Um dos fatores que irá contribuir é o aumento das vendas de veículos.

“O primeiro semestre foi o reflexo do ano passado e nos mantivemos estáveis. Particularmente, acredito que o mercado tende a melhorar muito, porque as vendas de veículos novos estão em crescimento. Existe uma teoria de que quando se vende mais carros, a demanda nas oficinas recua. Isso, pra mim, não acontece, quando a pessoa não em condição de comprar um novo, ela também não irá consertar. Mas, quando ela troca o carro, quem compra o usado leva a uma oficina para reparação”, explicou.

Ainda segundo Mol, a demanda pelos serviços de reparação de automóveis sempre é melhor ao longo do segundo semestre. Além das férias de final de ano – que são maiores que as de julho – o período de festas e as chuvas são fatores que estimulam a demanda.

Para o encerramento do ano, a expectativa é de retomada do crescimento, principalmente, se a reforma da previdência for aprovada. Com a aprovação, é esperado aumento dos investimentos, o que irá gerar empregos e renda. A tendência, seguindo os números nacionais, é que o setor em Minas Gerais também encerre 2019 com crescimento variando entre 2% e 2,5%.

“A reforma da Previdência vai destravar a economia e esperamos que a demanda pelos serviços de reparação veicular cresça e o setor encerre o ano com elevação entre 2% e 2,5%”, explicou o diretor executivo do Sindirepa Nacional, Luiz Sergio Alvarenga.

Para o presidente do Sindirepa de Minas Gerais, Alexandre Mol, a reforma da Previdência traz maior otimismo para os empresários e será fundamental para desengavetar projetos de investimentos.

“Com certeza o otimismo já chegou ao setor. O País estava travado em função da aprovação da reforma Previdência, acredito que a situação econômica não vai mudar de um dia para outro, mas é uma luz no final do túnel. Quem estava pensando em investir, vai investir e gerar emprego e renda. Ou seja, a economia vai rodar. O País está no caminho certo, mas vamos ver a velocidade para percorrer este caminho”, disse Mol.

A situação das oficinas reparadoras de automóveis poderia ser mais favorável caso a legislação brasileira exigisse uma inspeção veicular e a reparação constante dos veículos.

“Um dos problemas no setor da reparação automotiva é que não existe uma obrigatoriedade do condutor manter o carro corretamente reparado. A inspeção veicular é adotada em vários países do mundo. A cada um ano, o veículo tem que passar por inspeção de um órgão fiscalizador, que vai avaliar se tem condições ou não de rodar por questão de segurança e, principalmente, por questões de emissão de poluentes. No Brasil não tem a inspeção veicular e os proprietários, normalmente, só buscam pelos serviços quando acende alguma luz ou faz barulho no carro”, disse Mol.

Ainda segundo Mol, a concorrência entre as oficinas também é grande, já que não existem exigências específicas para abrir uma unidade. Somente na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), são cerca de 15,4 mil oficinas de reparação.

Certificação – De acordo com o representante do Sindirepa nacional, Luiz Sergio Alvarenga, a entidade tem estimulado a certificação das oficinas, o que é um diferencial do mercado. Os gestores são capacitados em relação à importância de uma boa gestão, ao controle dos custos, gastos, entre outras coisas. A expectativa também é retomar o projeto de capacitação e certificação dos mecânicos, suspenso há alguns anos, o que também irá favorecer as empresas que investirem para ser diferenciarem no mercado.

“O objetivo da certificação é preparar o empresário para ele ter maior assertividade nas decisões, consiga administrar melhor os custos e tenha maior competitividade. No caso dos mecânicos, a certificação é um diferencial para o profissional e para o consumidor”, explicou Alvarenga.

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