Fabricantes de chocolates estão otimistas com demanda da Páscoa

15 de março de 2019 às 0h05

img

A indústria do chocolate no Brasil está otimista para a Páscoa de 2019. Embora a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) não divulgue metas para o ano, o setor se baseia nos números positivos do ano passado, quando foram produzidas mais de 11 mil toneladas de ovos e produtos de Páscoa, o que representa 26% de crescimento em relação a 2017. Para o presidente da associação, Ubiracy Fonsêca, este ano provavelmente o setor não vai repetir esse percentual de crescimento, mas ele está confiante que haverá avanço em relação a 2018.

“Em 2018, avançamos muito até por conta da comparação com 2017, que foi um ano caótico, com inflação alta e muito desemprego. Em 2019, também vamos crescer. Talvez não 26% porque a base de comparação é diferente, uma vez que 2018 já foi um ano melhor. O que podemos dizer é que os ovos e demais produtos já estão nos postos de venda e que esperamos uma Páscoa melhor do que a do ano passado”, afirma.

Segundo a Abicab, as indústrias e o varejo geraram mais de 18 mil vagas de empregos temporários para atender a demanda desta Páscoa, tanto em fábrica quanto em pontos de venda. Segundo o presidente, a maior parte desses empregos (70%) é no ponto de venda: trata-se de representantes das marcas que fazem a reposição dos ovos e atendem os consumidores, orientando sobre as especificidades dos produtos. Os outros 30% são vagas nas indústrias. De acordo com Fonsêca, cerca de 10% desses empregados acabam sendo efetivados.

“O Sudeste é a região que mais gera esses empregos temporários, pois é onde também está o principal consumo. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são, nessa ordem, os estados que mais consomem os produtos da Páscoa”, afirma. Segundo ele, Minas Gerais aparece com destaque por ser um estado com forte economia e grande população. Além disso, ele lembra que o Estado recebe muitos turistas no feriado religioso e, por isso, o consumo de produtos da Páscoa é reforçado com a presença de consumidores de outros estados.

De acordo com o presidente, a indústria produziu 459 mil toneladas de chocolate em 2018. Ele afirma que o número é positivo frente a cenários mais complicados nos anos anteriores, mas destaca que o segmento ainda precisa correr atrás do prejuízo. “Em 2012, chegamos a produzir 550 mil toneladas, então temos um caminho à frente ainda. Acredito que, para retornarmos a esse estágio, ainda precisaremos de dois a três anos”, analisa.

Tags:
Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

Siga-nos nas redes sociais

Comentários

    Receba novidades no seu e-mail

    Ao preencher e enviar o formulário, você concorda com a nossa Política de Privacidade e Termos de Uso.

    Facebook LinkedIn Twitter YouTube Instagram Telegram

    Siga-nos nas redes sociais

    Fique por dentro!
    Cadastre-se e receba os nossos principais conteúdos por e-mail