Rodrigo Maia demonstra preocupação com renda mínima

6 de abril de 2019 às 0h04

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Crédito: Luis Macedo/Agência Câmara

Campos do Jordão – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na sexta-feira que é preciso avaliar o melhor momento para implementar o regime de capitalização na Previdência.

Falando a jornalistas durante evento em Campos de Jordão (SP), Maia disse que a preocupação é que a capitalização tenha uma proteção de renda mínima.

O regime de capitalização é considerado central pela equipe econômica para a nova Previdência, mas sua implementação efetiva dependerá de regulamentação pelo Congresso após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para alterar as regras das aposentadorias que está em tramitação.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que não lançará a capitalização se a PEC da Previdência, que muda as regras do regime atual, de repartição, render economia inferior a R$ 1 trilhão em dez anos.

Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que a capitalização pode ficar para depois.

“Se tiver reação grande, tira da proposta. Alguma coisa vai tirar, tenho consciência disso”, disse Bolsonaro, que ressaltou que o mais importante é a idade mínima e o tempo de contribuição.

Na prática, a PEC do governo dá autorização para que o regime de capitalização possa ser introduzido, condicionando sua entrada em vigor à aprovação de um novo projeto de lei a respeito.

No sistema de capitalização, cada trabalhador contribui para uma conta individual e retira daí os proventos de sua aposentadoria. Descontado do salário, o dinheiro é administrado por gestores em fundos de pensão.

No atual sistema de repartição, as contribuições dos trabalhadores na ativa são utilizadas para bancar os benefícios dos aposentados. O modelo está em crescente desequilíbrio devido ao envelhecimento acelerado da população e ao fato de as famílias terem cada vez menos filhos.

Maia evitou fazer um prognóstico sobre quando a reforma da Previdência deve ser aprovada. O deputado disse que aprendeu que dar prazo e dar número de votos sempre dá errado. (Reuters)

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