Minas tem maior criação de vagas em fevereiro desde 2011
26 de março de 2019 às 0h15
Assim como no Brasil, o saldo de empregos também manteve o saldo positivo em Minas Gerais no segundo mês de 2019. Em fevereiro, Minas Gerais registrou superávit de 26.016 postos de trabalho, o melhor resultado para o mês desde 2011, quando o saldo de vagas chegou a 36.053. As atividades de serviços e indústria da transformação – em especial o setor calçadista – puxaram o desempenho.
De acordo com o Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem (25) pelo Ministério da Economia, as admissões somaram 164.718 vagas no mês passado, enquanto as dispensas 138.702 no Estado. O resultado é 260% superior aos 7,2 mil postos gerados na mesma época do ano passado.
Quando considerado o primeiro bimestre do ano, o superávit chegou a 27.554. O resultado ocorreu da formalização de 307.704 trabalhadores e da demissão 280.150 entre janeiro e fevereiro. Nos primeiros dois meses de 2018 o saldo havia ficado positivos em 16,1 mil empregos.
Já quando considerados os últimos 12 meses, o número chegou a 89.720, proveniente de 1,79 milhão de admitidos e 1,7 milhão de desligados.
Considerando o resultado mensal, o setor de serviços foi o principal responsável pela geração de saldo positivo em Minas. Ao todo, as admissões do setor somaram 66.263 e as dispensas atingiram 51.572 pessoas, resultando em um saldo positivo de 14.691 postos de trabalho no segundo mês de 2019.
A indústria da transformação apareceu logo em seguida com um saldo de 5.860 vagas. Neste caso, as contratações chegaram a 28.151 e as demissões 22.291. Entre os subsetores, a indústria calçadista se destacou com superávit de 1.833, assim como a indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com saldo positivo de 1.209.
Já no acumulado do ano, o setor de serviços também foi responsável por alavancar o aumento. No bimestre, o setor foi responsável pela abertura de 17.109 vagas por meio da contratação de 120.680 trabalhadores e desligamento de 103.571 profissionais. No acumulado dos 12 meses o saldo da atividade chegou a 51.620 empregos em Minas Gerais.
Neste tipo de confronto, a indústria da transformação acumulou 8.703 vagas, com 51.590 pessoas admitidas e 42.887 trabalhadores desligados. Já nos últimos 12 meses, a atividade apresentou superávit de 5.373 empregos.
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Comércio – Vale destacar que o comércio continua apresentando números negativos no emprego formal em Minas Gerais. Em fevereiro, o setor apresentou déficit de 419 vagas, uma vez que foram admitidas 34.036 pessoas e dispensadas outras 34.455 no mesmo período.
Assim, somente no primeiro bimestre, a atividade já acumula a extinção de 7.447 vagas de emprego, com 65.628 contratações menos 73.075 demissões entre os dois primeiros meses de 2019.